Multidão despede-se de Reinado - TVI

Multidão despede-se de Reinado

Díli: Funeral do major Alfredo Reinado LUSA/EPA/Made  Nagi

Funeral do líder rebelde acompanhado por um cartaz onde se lia «Adeus herói». Ainda não houve detenções de qualquer um dos 18 suspeitos. Político diz ao PDiário que número de mandados de captura deve aumentar Os «reles cobardes» da ONU Timor: polícia abre caça ao homem

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O cortejo fúnebre do major Alfredo Reinado foi acompanhado por uma multidão de timorenses. Fonte local refere «mais de mil» pessoas, mas a agência Lusa reporta «centenas» de participantes. O enterro decorreu sem incidentes e foi acompanhado por fortes medidas de segurança, que incluíram efectivos da GNR e unidades da polícia.

«Está tudo calmo», disse Ágio Silva, secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, em declarações ao PortugalDiário .

O funeral iniciou-se cerca das realizou-se ao final da tarde, como manda a tradição, pelas 16h00 (7h00 em Lisboa), na residência do pai adoptivo no bairro Marconi, em Díli. A forte participação atesta, de alguma forma, a popularidade do líder dos militares revoltosos que fizeram seguir na frente do cortejo duas faixas, uma com uma imagem de Reinado e outra com a frase «adeus herói».

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Após a celebração de uma missa na casa de Vítor Alves, os caixões com os corpos de Alfredo Reinado e de um membro do seu grupo também abatido segunda-feira saíram em cortejo para a residência do major, situada a cerca de 200 metros de distância, em cujo quintal serão sepultados, descreve a agência Lusa.

Sem detenções

Três dias passados sobre o duplo atentado contra Ramos-Horta e Xanana Gusmão, ainda não foi efectuada qualquer detenção. Segundo a TVI, estão a ser feitas buscas nas montanhas junto à aldeia de Dare, onde terão sido localizados alguns dos suspeitos.

«Não houve ainda qualquer detenção», garantiu Ágio Silva.

As investigações policiais continuam e o relatório da ONU acrescentou esta quinta-feira mais um nome à lista: cinco suspeitos. Segundo a porta-voz da ONU em Timor, Allison Cooper, esta lista não está directamente relacionada com os 18 mandados de captura revelados pelo procurador-geral da República, Longuinhos Monteiro.

«Os mandados de captura anunciados pelo procurador-geral foram emitidos no ano passado. Tinham sido suspensos por causa das negociações que ainda decorriam. Agora foram activados. Não sei se os nomes que o relatório preliminar aponta são coincidentes», explica Allison Cooper.
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