Milhares de estrangeiros tentam deixar Japão - TVI

Milhares de estrangeiros tentam deixar Japão

TVI permanece em Tóquio e aguarda voo de regresso a Lisboa. Até lá, relata o que se vive na cidade

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A TVI é a única televisão portuguesa que permanece com uma equipa de reportagem no Japão. As enviadas especiais Isabel Loução Santos e Paula Fernandes dão conta de uma situação que se está a tornar «insustentável». Milhares de estrangeiros tentam deixar o país, numa altura em que se teme um desastre nuclear de dimensões incalculáveis.

Segundo relatos que a jornalista da TVI pode recolher em Tóquio, o Governo nipónico não detém já o controlo da situação e há já vários países que têm planos de evacuação em marcha.

Portugal aconselha os cidadãos nacionais a abandonarem temporariamente o país, mas não é tarefa fácil: a lista de espera nos aeroportos chega aos quatro dias.

«É uma situação ameaçadora», relata a repórter: «Além da ameaça nuclear que paira sobre as nossas cabeças, continuámos a sentir a ocorrência de sismos».

O responsável da agência nuclear russa, Sergei Kiriyenko, mostrou-se muito pessimista com esta situação. «Infelizmente, a situação está a desenvolver-se no sentido do pior dos cenários».

«Nós previmos o cenário em que os reactores seriam afectados, o que infelizmente aconteceu ontem. Por isso o pior cenário está confirmado», acrescentou.

O governo britânico já aconselhou todos os seus cidadãos que se encontram no Japão a deixarem Tóquio assim como a zona a norte da capital.

Já os EUA emitiram um aviso aos norte-americanos que vivam num raio de 80 quilómetros da central nuclear de Fukushima para abandonarem a área ou, se não conseguirem, a ficarem dentro de casa.

A China também está a retirar os seus cidadãos da zona mais atingida pelo sismo e tsunami. Já foram contactadas 22 mil chineses que vivem na zona.

Em Tóquio, algumas grandes empresas europeias, como a Ikea e a H&M estão a ajudar os seus funcionários no Japão a abandonarem a capital nipónica , rumo ao sul do país, para se afastarem da rota da nuvem radioactiva que paira sobre a cidade.

A tragédia que se abateu sobre o Japão pode sair cara à economia japonesa . Economistas ouvidos pela Reuters, que fizeram as contas aos estragos nos edifícios, produção e consumo, estimam um impacto de 200 mil milhões de dólares para a terceira maior economia do mundo, mas o impacto geral continua incerto.

Notícia publica às 14:03 e actualizada às 18:38
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