Baleia Lulu morreu contaminda com substâncias químicas - TVI

Baleia Lulu morreu contaminda com substâncias químicas

  • SO
  • 4 mai 2017, 22:10
Lulu: a baleia assassina contaminda com substâncias químicas

A orca, apelidada de Lulu, foi encontrada morta nos mares da Escócia, emaranhada em redes de pesca. Testes mostram que tinha um nível de produtos químicos no organismo, vinte vezes superior ao tolerado

Testes feitos à gordura da Lulu, a baleia assassina que foi encontrada morta na Ilha de Tire, na Escócia, no ano passado, mostraram que esta tinha no seu sistema níveis tóxicos de PCB's, ou seja, policlorobifenilos, substâncias químicas perigosas para a saúde animal.

Andrew Brownlow, da Faculdade Rural da Escócia, disse à BBC que a baleia foi um dos animais "mais contaminados que já vimos. Possivelmente, um dos mais contaminados no mundo”.

Após a análise à baleia Lulu, os cientistas receiam que outros animais possam estar a ingerir e a ser contaminados por altos níveis de químicos.

Orcas em risco

Os níveis elevados de PCB's enfraquecem o sistema imunitário dos animais e no caso das baleia, segundo os cientistas, podem afetar o cérebro e travar a sua reprodução.

Para os cientistas, esta será uma razão para a diminuição do número de orcas em várias zonas do mundo.

Até 1970, os policlorobifenilos eram usados na indústria, sendo substâncias estáveis resistentes a altas pressões e temperaturas com propriedades de isolamento. O seu desaparecimento é lento e continuam a chegar aos oceanos acumulando-se nas cadeias marinhas alimentares.

Lulu tinha um nível de PCB's de 957mg/kg e isso classificou-a como sendo um dos animais mais contaminados que já vimos”, salientou Brownlow à BBC.

Os níveis estimados de contaminação são considerados altos tendo em atenção á idade de Lulu, uma baleia que teria cerca de 20 anos.

Atualmente, o esqueleto da Lulu encontra-se no Museu Nacional da Escócia. A baleia continua a ser estudada por cientistas.

Estas coleções estão aqui para que possamos usá-las de forma a beneficiar os animais, hoje e no futuro. Têm um valor para a vida das populações”, salientou Ian Boyd, consultor e chefe científico do departamento de meio ambiente, em declarações à BBC.

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