Donald Trump deu esta segunda-feira uma ordem executiva para retirar os Estados Unidos do Acordo Transpacífico (TPP, na sigla em inglês).
Numa cerimónia na Sala Oval, esta segunda-feira, Trump considerou que esta medida é "ótima para o trabalhador americano".
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O líder norte-americano cumpre assim uma promessa eleitoral, poucos dias depois de ter tomado posse. Trump sempre criticou o TPP, afirmando que o acordo podia ter consequências desastrosas para o país.
Os analistas norte-americanos consideram que esta medida é um sinal que Trump quer enviar não só aos democratas, mas também aos restantes líderes mundiais, de que o que disse durante a campanha será efetivamente posto em prática.
O TPP foi assinado em outubro de 2015 pelos EUA e outros 11 países (Japão, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Singapura e Vietname), depois de sete meses de negociações.
Este acordo comercial, o maior da História (abrangia 40% do PIB mundial), foi uma das principais iniciativas de integração comercial de Barack Obama. Mas apesar da assinatura de Obama, o acordo ainda não tinha sido ratificado pelo Congresso norte-americano.
Na prática, com a saída dos EUA o TPP fica sem efeito uma vez que para estar em vigor precisa de ser ratificado por países que representem 85% do PIB total dos signatários - os EUA representam 60%.
Curiosamente, o país que mais poderá beneficiar do fim do TPP é a China, país cujas políticas comerciais Trump tem atacado ferozmente.
Esta foi uma de três ordens executivas assinadas por Donald Trump nesta segunda-feira.
O presidente norte-americano também assinou um decreto com o objetivo de limitar o apoio financeiro a organizações não governamentais (ONG) estrangeiras que apoiem o aborto.
Por último, Trump deu ainda uma terceira ordem no sentido de congelar as contratações feitas pelas agências federais, com exceção para as que estão relacionadas com a segurança nacional.