Estado Islâmico procura tradutores de português e espanhol - TVI

Estado Islâmico procura tradutores de português e espanhol

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“Queridos irmãos e irmãs, precisamos de irmãos e irmãos que falem português ou espanhol para nos ajudar no nosso projeto, se Alá quiser", lia-se na mensagem automática partilhada pelo grupo extremista nas redes sociais

O árabe e o inglês já não são suficientes para o Estado Islâmico (EI). De acordo com o jornal espanhol El Mundo, o grupo extremista lançou uma campanha nas redes sociais à procura de pessoas que falem português e espanhol, para que sirvam de tradutores ao projeto do Daesh, permitindo a difusão da sua mensagem num maior número de línguas.

Segundo a mesma fonte, tem havido um aumento significativo da propaganda em espanhol difundida pelo EI nas redes sociais. Este aumento, verificado especialmente nos últimos três meses, ganhou um maior impacto com a procura de tradutores das línguas portuguesa e espanhola.

De acordo com o El Mundo, o objetivo é que estas pessoas se juntem à causa islâmica, contribuindo com os seus conhecimentos linguísticos para ajudar a difundir a mensagem num maior número de línguas.

Queridos irmãos e irmãs, precisamos de irmãos e irmãos que falem português ou espanhol para nos ajudar no nosso projeto, se Alá quiser. Se falas uma destas línguas e te queres juntar à nossa equipa de tradutores, por favor clica aqui”, lia-se na mensagem que começou a ser partilhada automaticamente a partir de junho.

Em maio, o Estado Islâmico tinha já criado a primeira conta espanhola na rede social Telegram, a partir da qual enviou o primeiro comunicado dirigido a Espanha, onde acusava a população de residir em terras muçulmanas. No mesmo mês foi também criada uma conta em português, supondo-se que com o mesmo intuito, uma vez que ambas permitiam aos seus seguidores receber notícias atualizadas do projeto do grupo extremista.

As ameaças à Península Ibérica têm sido cada vez mais frequentes, tendo o jornal espanhol ouvido diversos especialistas que analisaram traduções de infografias e comunicados do Daesh, a partir das quais concluíram que, dada a qualidade de tradução e sintaxe, alguns poderão até ter sido produzidos em território espanhol.

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