Política nuclear dos EUA “aproxima a humanidade da aniquilação” - TVI

Política nuclear dos EUA “aproxima a humanidade da aniquilação”

  • CLC
  • 4 fev 2018, 16:44
Mohammad Javad Zarif - ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros

Considerou o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano

A nova política nuclear militar norte-americana “aproxima a humanidade da aniquilação”, considerou o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammad Javad Zarif, numa mensagem publicada na rede social Twitter na noite de sábado para hoje.

Os Estados Unidos anunciaram na sexta-feira pretenderem dotar-se de novas armas nucleares de fraca potência, afirmando que o reforço do seu arsenal se tinha tornado necessário devido ao rearmamento nuclear russo.

A política definida num documento sobre a nova “Postura Nuclear” norte-americana faz temer um ressurgimento da proliferação e o aumento do risco de conflito nuclear.

“Traduz uma maior dependência das bombas nucleares, em violação do TNT (tratado sobre a não-proliferação das armas nucleares)”, escreveu Zarif.

“A obstinação (do presidente norte-americano Donald) Trump em acabar” com o acordo internacional sobre o nuclear iraniano “decorre da mesma perigosa inconsciência”, adianta, numa referência ao acordo concluído em julho de 2015 entre a comunidade internacional e a República Islâmica sobre o programa nuclear de Teerão.

O presidente iraniano, Hassan Rohani, também criticou hoje a posição norte-americana.

“Vejam como os Estados Unidos ameaçam com insolência a Rússia com novas armas atómicas (…) Nestas condições uma nação pode dizer que estamos num período de paz e que não precisamos de uma capacidade defensiva”, declarou num discurso transmitido pela televisão.

A Rússia denunciou no sábado o “caráter belicista” e “antirrusso” da nova política nuclear norte-americana e advertiu que tomará as “medidas necessárias” para assegurar a segurança face aos Estados Unidos.

Também a China criticou hoje a nova estratégia nuclear de Washington, aconselhando os norte-americanos a abandonarem a “mentalidade da Guerra Fria” e a assumirem a “responsabilidade principal” no desarmamento nuclear.

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