“Vamos tornar o nosso Planeta grande outra vez” - TVI

“Vamos tornar o nosso Planeta grande outra vez”

Emmanuel Macron e Donald Trump

Trump não quer Acordo de Paris, apenas quer “a América grande”. Macron, recém-eleito presidente da França, respondeu na mesma moeda. E já esta sexta-feira, Junker disse que “não há marcha atrás sobre o acordo de Paris"

A decisão era esperada. Donald Trump cumpriu o prometido durante a campanha e vai retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris. “Não queremos que outros países e outros líderes se riam de nós”, justificou quinta-feira à tarde durante a declaração nos jardins da Casa Branca. Quem não se riu foi o presidente francês, Emmanuel Macron. Depois do intenso aperto de mão com uma mensagem, Macron voltou a passar a perna a Trump e antecipou-se no twitter. “Vamos tornar o nosso Planeta grande”, lê-se no post do chefe de estado francês. Só algumas horas depois, Trump reagiu: “Vamos fazer a América grande outra vez”.

 

 

Mas apesar de Emmanuel Macron assumir os atos e as palavras, ele não está sozinho e representa muitos líderes europeus. Contra Trump, Alemanha, França e Itália divulgaram um comunicado conjunto. Já esta sexta-feira de manhã, Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, deixou um recado a Donald Trump: “Não há marcha atrás”.

 

Na abertura da cimeira entre a União Europeia e a China, Jean-Claude Juncker afirmou:

"Não há marcha atrás na transição energética, não há marcha atrás sobre o acordo de Paris"

Durante a sua intervenção quinta-feira à tarde, após anunciar a retirada do país do acordo, Donald Trump prometeu que iria negociar para "reentrar no acordo em termos que fossem justos para os Estados Unidos", alegando que nos termos atuais o país está a ser prejudicado e ele “foi eleito para representar os cidadãos de Pittsburgh e não os de Paris”.

Mesmo fazendo uma pequena viragem no discurso e garantindo que a questão do clima “o preocupa”, o presidente assumiu que a sua decisão não teve a ver “com o clima, mas sim com o aproveitamento financeiro por outros países”.

Barack Obama, um dos defensores do acordo, foi dos primeiros a reagir quinta-feira e lamentou que Trump esteja “a rejeitar o futuro”.

Angela Merkel juntou a sua voz ao coro de protestos e indignação, tal como o secretário-geral das Nações Unidas. No Twitter, Guterres escreveu que a "ação pelo clima não é só a coisa certa a fazer, mas a mais inteligente".
 

 

 

 

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