O gesto que pode condenar à morte o terrorista de Boston - TVI

O gesto que pode condenar à morte o terrorista de Boston

Djokhar Tsarnaev [Twitter]

Dzhokhar Tsarnaev já foi considerado culpado de 30 crimes, 17 deles passíveis de pena de morte. Segunda fase do julgamento decidirá se é esse o seu destino. Imagens na cela, que foram divulgadas entretanto, comprometem-no ainda mais

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O autor dos atentados na maratona de Boston que sobreviveu,  Dzhokhar Tsarnaev, foi considerado culpado, dois anos depois, em abril, por todos os 30 crimes de que estava acusado. Dezassete deles são passíveis de pena de morte e foram agora reveladas imagens comprometedoras que podem mesmo ditar esse destino ao jovem com agora 21 anos. Em causa, está um gesto com o dedo do meio, com uma conotação muito negativa, de olhar fixo em frente à câmara da sua cela.


O vídeo é datado de 7 de outubro de 2013, o ano em que cometeu o atentado (ocorrido a 15 de abril), enquanto Tsarnaev esperava pela primeira sessão do julgamento que terminou a sua primeira fase já em 2015, a 8 de abril. O senso comum facilmente deixa perceber o sentido do seu gesto.

Quem esteve dentro da sala de audiências no dia da decisão judicial, descreveu-o como tendo estado «impassível» quando lhe foi comunicado o veredicto.

O jovem enfrenta agora uma segunda fase do julgamento: precisamente decidir se é condenado a prisão perpétua ou executado. Com a divulgação destas imagens, o Ministério Público quer mostrar que o jovem não se arrependeu. Será, adivinha-se, bem mais difícil comover os juízes em sentido contrário.

Os atentados mataram três pessoas e feriram 264, consequência do rebentamento de dois engenhos explosivos de fabrico artesanal, colocados junto à linha de chegada da prova da maratona. Foi o pior ataque terrorista em solo americano depois dos atentados do 11 de setembro de 2001.

Havia poucas dúvidas de que Dzhokhar Tsarnaev ia ser considerado culpado dos crimes que lhe eram imputados, embora os seus advogados tenham feito prevalecer a tese de que o jovem apenas seguiu as orientações do irmão, morto durante a perseguição policial. A defesa apresentou apenas quatro testemunhas contra as 92 indicadas pelo Ministério Público. 

A sentença definitiva será conhecida nos próximos dias.
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