Japão: mais de 12 mil réplicas desde o sismo de 2011 - TVI

Japão: mais de 12 mil réplicas desde o sismo de 2011

Só no ano passado houve 615 terramotos percetíveis. O presidente da empresa proprietária da central nuclear de Fukushima pediu perdão aos japoneses por ter subestimado o desastre

A Agência de Meteorologia do Japão (JMA) registou mais de 12 mil réplicas do terramoto de magnitude 9 na escala de Richter que arrasou o nordeste do país há cinco anos.

Segundo dados da JMA, publicados hoje pela agência Kyodo, as réplicas deste sismo – que desencadeou depois um tsunami que provocou mais de 18 mil mortos ou desaparecidos – são cada vez mais incomuns, mas os movimentos telúricos na zona afetada duplicaram comparativamente ao período antes do sismo de 11 de março de 2011.

Só no ano passado houve 615 terramotos percetíveis, face à média anual de 306 registada entre 2001 e 2010.

Operadora da central nuclear de Fukushima pede perdão por ter subestimado desastre

O presidente da empresa proprietária da central nuclear de Fukushima, Naomi Hirose, pediu perdão aos japoneses pela resposta durante o desastre de 11 de março de 2011, que subestimou a gravidade da situação.

“É verdade que não seguimos o manual que especifica os indicadores-chave nas distintas fases de fusão do núcleo. Lamentamos muito”, disse Naomi Hirose, diante de uma comissão parlamentar, em declarações reproduzidas hoje pelos meios de comunicação social.

No mês passado, a Tokyo Electric Power (TEPCO) admitiu que poder-se-ia ter determinado muito antes que estavam a produzir-se fusões nos núcleos dos reatores da central danificados pelo terramoto e tsunami de 11 de março de 2011.

Tribunal ordena fecho de dois reatores nucleares

Entretanto, um tribunal ordenou hoje o encerramento de dois reatores nucleares por razões de segurança, baseando a decisão nas lições aprendidas com o acidente de Fukushima, ocorrido há cinco anos, noticiou a televisão pública NHK.

A ordem judicial, que visa as unidades 3 e 4 da central nuclear de Takahama, no oeste do Japão, é a primeira a determinar o encerramento de reatores, cujas operações foram retomadas após Fukushima sob padrões de segurança mais estritos, na sequência do acidente de 11 de março de 2011.

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