O parlamento das Maldivas pediu desculpas à turista que foi detida por passear de biquíni numa rua principal da ilha de Maafushi, nas Maldivas.
No momento da detenção, pelo menos três polícias tentaram tapar a mulher com uma toalha, ao mesmo tempo que a tentavam algemar.
Esta segunda-feira, no Parlamento, Mohamed Nasheed pediu desculpas à mulher, que entretanto já regressou a casa, e disse esperar que as autoridades turísticas a convidem a regressar à ilha.
A mulher, que acabou detida e indiciada pelo crime de "atentado ao pudor", usava um biquíni na rua, algo como foi visto como desrespeito pela cultura mulçulmana. Conhecido por ser um destino de praias paradísiacas, os turistas podem usar biquínis e fatos de banho nos resorts, mas fora deles devem usar roupas que respeitem os costumes locais.
Na altura da detenção, o chefe da Polícia das Maldivas, Mohamed Hameed, emitiu um comunicado em que pede desculpa pelo incidente, que diz ter sido "mal resolvido" pelos agentes no local. O comissário acrescentou que existia a suspeita de que a turista "estivesse sob a influência de álcool".
Mohame Hameed pediu ainda "desculpa à turista e a quem assistiu à detenção", realçando o desafio que tem sido profissionalizar as forças de segurança nas Maldivas.
Incident in Maafushi in which our officers restrained a female tourist seems to be badly handled. I apologise to the tourist & the public for this. The challenge I have taken up is to professionalise the police service & we are working on that. This matter is being investigated.
— Mohamed Hameed (@M_Hameedh) February 6, 2020