Ataque em Istambul: conheça os rostos das primeiras vítimas identificadas - TVI

Ataque em Istambul: conheça os rostos das primeiras vítimas identificadas

  • Tomásia Sousa
  • 1 jan 2017, 20:52

Enquanto se festejava a chegada do ano novo, 39 pessoas foram abatidas quando um atirador entrou a disparar numa das principais discotecas de Istambul. A maior parte dos corpos foi identificada este domingo e começa a ser conhecida a identidade das vítimas

Enquanto a polícia turca lança uma caça ao homem para tentar capturar o atacante armado que na noite de passagem de ano entrou na discoteca "Reina", em Istambul, começam a surgir os primeiros rostos das vítimas deste ataque.

À medida que os corpos vão sendo identificados, vai sendo conhecida a identidade das vítimas mortais.

O ministro turco do Interior, Suleyman Soylu, já avançou que há 15 ou 16 estrangeiros entre os mortos já identificados, sem dar detalhes sobre as nacionalidades. Mas uma deputada da oposição turca, Selina Dogan, citada pelo jornal britânico The Guardian, disse que o número de estrangeiros poderá chegar mesmo aos 24.

A deputada, que visitou os hospitais e as morgues indicou que as nacionalidades das vítimas mortais incluem sete sauditas, três iraquianos, dois libaneses, dois tunisinos, dois indianos e um do Kuwait, da Síria e de Israel. Um cidadão turco naturalizado belga e um canadiano-iraquiano também foram mortos.

Entre os feridos, haverá ainda mais cidadãos estrangeiros.

Entre as vítimas mortais está Akmer Hiranur Koç, uma mulher de 27 anos, segurança privada em serviço naquela noite, na discoteca Reina. A família identificou o corpo este domingo. Akmer deixa uma filha de três anos.

Leanne Nasser, uma rapariga israelita de 18 anos, é outra das vítimas mortais. A jovem estava de férias em Istambul com três amigas, que festejavam o novo ano na discoteca Reina.

As quatro jovens eram de Tira, no norte de Israel, e uma das amigas de Leanne ficou ferida. As restantes duas encontram-se psicologicamente muito abaladas, ainda que tenham saído ilesas.

O corpo da jovem será levado para Israel na noite deste domingo, altura em que as amigas também regressam a casa.

O agente da polícia abatido pelo atirador antes de entrar na discoteca foi Burak Yildiz. O jovem de 21 anos trabalhava há apenas um ano e foi morto quando vigiava a frente do edifício à beira-rio.

Fatih Çakmak foi outra das vítimas mortais deste ataque. O segurança privado de 35 anos tinha já sobrevivido ao ataque de 10 de dezembro, perto do estádio do Besiktas, onde também estava de serviço.

Nessa altura, a explosão de um carro armadilhado e de um bombista suicida fizeram 38 mortos – a maioria polícias – e 166 feridos. O ataque foi reivindicado por um grupo curdo TAK.

Kenan Kutluk, um dos funcionários do clube noturno Reina, é outra das 39 vítimas mortais do ataque. Era casado e tinha dois filhos.

Mustafa Jalal Ahmed Abbas era um jovem iraquiano a estudar arquitetura em Istambul. A universidade deu a notícia da sua morte no Twitter.

Elias Wardini, cidadão libanês, perdeu a vida no ataque, assim como Mustafa Kaya, um consultor financeiro que comemorava o ano novo no Reina.

O corpo de Mustafa Sezgim Seymen foi identificado este domingo. Ia casar-se em 2017 e a namorada também ficou ferida na discoteca.

O ataque ainda não foi reivindicado e o responsável está a ser procurado pela polícia. O ministro turco do Interior, Suleyman Soylu, sublinhou que se tratou de um acto de terrorismo e disse que a polícia estava mobilizada para localizar o responsável pelo massacre que, de acordo com os relatos, usou uma kalashnikov para disparar indiscriminadamente sobre as pessoas que se encontravam na discoteca a celebrar a chegada do Ano Novo.

As primeiras informações deram conta que dois homens vestidos de Pai Natal entraram no estabelecimento, onde se encontrariam 700 a 800 pessoas, e dispararam indiscriminadamente, um pouco antes da 01:30, hora local (23:30 de sábado, em Portugal). Mais tarde, as autoridades revelaram que o ataque foi perpetrado apenas por um atirador.

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