“Todos devem por os egos de lado e formar um governo o mais cedo possível”, disse Erdogan, para quem o mau resultado do AKP também foi um revés.
O chefe de Estado aspirava a uma mudança constitucional que lhe desse mais poderes, o que só seria possível se o partido pelo qual foi eleito primeiro-ministro três vezes obtivesse dois terços dos lugares do parlamento.
Agora, Erdogan diz que usar os poderes que tem para tentar resolver o problema político que o país tem pela frente.
“Esta é a nossa grande responsabilidade para com 78 milhões de pessoas. Nenhum político tem o direito de dizer ‘eu’, temos de dizer ‘nós’”, disse o chefe de Estado na primeira intervenção pública depois das eleições.
Mas é precisamente Erdogan que tem sido o principal alvo de acusações de concentração de poder e de cultivar uma crescente intolerância para com os críticos.
Negociações difíceis
Esta manhã, o ainda primeiro-ministro do país, Ahmet Davutoglu, mostrou abertura para um entendimento com outras formações políticas, apesar de considerar que a história turca não é favorável a coligações.
Dispostos a entendimentos governativos estão também os pró-curdos do HDP, mas já avisaram que não se unirão ao AKP.