As autoridades turcas detiveram 235 pessoas encontradas a "espalhar propaganda de um grupo terrorista” e a agir em nome do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), informou esta segunda-feira o Ministério do Interior.
Em comunicado, citado pela agência Reuters, o governo turco fez saber que as detenções ocorreram no âmbito de uma operação levada a cabo em 11 províncias do país.
As detenções acontecem depois de um braço do PKK, os Falcões da Liberdade do Curdistão, ter reivindicado o duplo atentado de Istambul no sábado, que provocou pelo menos 44 mortos, 36 deles polícias, e 150 feridos.
A agência de notícias Anadolu já tinha informado esta segunda-feira que 118 membros do Partido Democrático dos Povos Curdos (HDP) foram detidos devido a alegadas ligações a militantes curdos, numa operação que decorreu em todo o país.
Cerca de 118 dirigentes do HDP, incluindo de cidades como Istambul e Ancara, foram detidos por suspeitas de pertencerem ao ilegal Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) ou de produzirem propaganda para o grupo, acrescentou a agência Anadolu.
Sobe número de mortos no duplo atentado
O número de mortos no duplo atentado de sábado à noite, em Istambul, na Turquia, subiu para 44, declarou esta segunda-feira o ministro turco da Saúde, Recep Akdag.
Entre as vítimas mortais contam-se 36 polícias. Mais de 150 feridos continuam hospitalizados, noticia a AFP.
No sábado à noite, um veículo armadilhado explodiu junto ao estádio do clube de futebol Besiktas, duas horas depois de um jogo entre a equipa local e o Bursaspor.
Uma segunda explosão, provocada por um bombista suicida, deu-se num parque próximo do estádio.
O grupo armado Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK), uma cisão radical da guerrilha curda separatista do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), reivindicou o atentado.
O ataque “foi realizado com grande precisão” por dois membros da organização, indicou o TAK em comunicado, assegurando que “mais de 100 polícias” morreram.