Banco Mundial suspende ajuda ao Uganda por causa de lei anti-gay - TVI

Banco Mundial suspende ajuda ao Uganda por causa de lei anti-gay

Uganda: tabloide publica lista de 200 homossexuais do país (Lusa)

Em causa, uma ajuda de 90 milhões de euros para melhoria do sistema de saúde

O Banco Mundial suspendeu uma ajuda financeira de 90 milhões de euros ao Uganda para melhorar o seu sistema de saúde, depois de este país ter aprovado uma lei que persegue os homossexuais.

«Decidimos adiar o projeto de auxílio financeiro até termos a garantia que os objetivos propostos no programa não serão afetados pela nova lei contra os homossexuais», disse na quinta-feira um porta-voz da instituição.

A aprovação do empréstimo do Banco Mundial ao Uganda estava agendado para quinta-feira, mas não se concretizou, depois de o Presidente ugandês, Yoweri Museveni, ter promulgado uma lei que proíbe a homossexualidade e exige que os homossexuais sejam denunciados e condenados.

«Os homossexuais são atualmente mercenários. Eles são heterossexuais, mas por causa do dinheiro eles dizem ser homossexuais», disse Museveni, em determinada ocasião.

Na quarta-feira, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, comparou a nova lei que reprime a homossexualidade no Uganda à legislação antissemita na Alemanha nazi ou à do período do apartheid na África do Sul.

«Se mudarmos o foco desta lei para negro ou judeu, estamos nos anos 1950 ou 1960 durante o apartheid na África do Sul», disse Kerry aos jornalistas.

Entretanto, Ofwono Opondo, porta-voz do Foverno ugandês já respondeu às críticas, dizendo: «O ocidente pode guardar a ajuda destinada ao Uganda para os homossexuais. Nós vamos prosseguir com o nosso desenvolvimento sem precisarmos dessa ajuda».
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