Coreia do Norte confirma falhanço no lançamento de satélite

A Coreia do Norte já confirmou o falhanço do lançamento do seu satélite. A Coreia do Sul já lançou uma operação de busca por fraguementos do foguetão.

O satélite «não conseguiu entrar em órbita hoje de manha e cientistas e técnicos estão agora a apurar a causa do falhanço», disse a agência noticiosa oificial norte-coreana KCNA.

A marinha da Coreia do Sul lançou uma operação de busca por fragmentos do foguetão de longo alcance, lançado pela Coreia do Norte e cuja missão fracassou, disse hoje um porta-voz do exército.

«Localizamos o lugar onde caíram os destroços e estamos a envidar esforços para os resgatar», afirmou a mesma fonte em declarações à agência noticiosa francesa AFP.

Entretanto, Pequim apelou à «calma» e à «contenção» depois do lançamento de um foguetão pela Coreia do Norte, definido como uma «provocação» pela comunidade internacional.

«Nós esperamos que todas as partes mantenham a calma, façam prevalecer a contenção e não façam nada que possa prejudicar a paz e a estabilidade da península (coreana) e da região», frisou o porta-voz da diplomacia chinesa, Liu Weimin.

Já o Japão afirmou que não descarta a possibilidade de aplicar novas sanções contra a Coreia do Norte, na sequência do lançamento do foguetão, visto como um «grave ato de provocação», informou o ministro porta-voz do governo, Osamu Fujimura.

Durante uma conferência de imprensa em Tóquio, onde o governo nipónico convocou uma reunião de emergência, Osamu Fujimura reiterou a posição de Tóquio que defende que o lançamento norte-coreano viola as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

No início do mês, o executivo do Japão decidiu prorrogar por outro ano as sanções comerciais que mantém desde 2006 contra a Coreia do Norte que preveem o bloqueio das importações e exportações com o regime de Pyongyang.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros do G8 também emitiram um comunicado em que condenam o lançamento de um foguetão de longo alcance por parte da Coreia do Norte, reivindicando uma «resposta adequada» do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Os chefes de diplomacia do bloco das sete nações mais industrializadas do mundo (EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Canadá e Itália) e a Rússia indicaram que partilham «a perspetiva de que o lançamento mina a paz regional e a estabilidade».

«Estamos dispostos a considerar tomar medidas para responder a todas as atividades da República Popular Democrática da Coreia - nome oficial da Coreia do Norte - que violam as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e pedimos uma resposta adequada», indica o comunicado.