França tenta convencer outros países a expulsar ciganos - TVI

França tenta convencer outros países a expulsar ciganos

Cimeira internacional de ministros da Administração Interna vai discutir tema da imigração

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Depois de conseguir o apoio de Itália, França vai tentar convencer outros países da Europa a expulsar os ciganos. Paris decidiu organizar uma cimeira sobre imigração a 6 de Setembro. Os convites incluem os ministros da Administração Interna da Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido, de acordo com o Telegraph.

A ideia de França é conseguir uma posição comum em relação à expulsão sem barreiras de imigrantes que não se consigam sustentar.

França já repatriou cerca de 200 ciganos para a Roménia durante este mês. Uma atitude criticada pela Igreja Católica e pelos partidos de esquerda e centro-direita.

Representantes ciganos já condenaram este encontro entre ministros europeus, defendendo que esta é uma forma mal disfarçada para atingir a comunidade cigana, e dizem estar «preocupados».

«Os convidados não têm autoridade para limitar o direito de livre circulação na União Europeia ou de apoiar qualquer movimento unilateral italiano para limitar o acesso à livre circulação», defende Robert Kushen, director executivo do European Roma Rights Center.

França pede que Comissão Europeia obrigue Roménia a reintegrar população cigana

França pediu entretanto à Comissão Europeia que obrigue a Roménia a responsabilizar-se pela integração da população cigana, segundo o El País.

Numa carta enviada a Durão Barroso, chefe da Comissão Europeia, o primeiro-ministro francês, François Fillon, exige que a União Europeia tome medidas para se assegurar que os 4.000 milhões de euros de fundos europeus que a Roménia recebe todos os anos sejam utilizados devidamente.

Mais de 70 por cento dos franceses contra a reeleição de Sarkozy

Numa altura em que Nicolas Sarkozy tem sido fortemente criticado pela expulsão de ciganos de França, uma sondagem publicada quarta-feira revelou que 72 por cento dos franceses não desejam que o presidente volte a candidatar-se à presidência em 2012, de acordo com a AFP.

A percentagem dos franceses que não querem a reeleição de Sarkozy aumentou quatro pontos em relação a Março (62% contra 58%), segundo uma pesquisa realizada pelo instituto Ipsos para a revista Le Point.

Uma outra sondagem da revista Le Nouvel Observateur revela que Sarkozy seria amplamente derrotado na segunda volta das eleições presidencial de 2012 pelos socialistas.

O actual director do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, derrotaria Sarkozy com 59% dos votos, contra 41%, enquanto a secretária-geral do Partido Socialista, Martine Aubry, venceria com 53% contra 47%.
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