Grécia: Esquerda Democrática recusa aliança pró-troika - TVI

Grécia: Esquerda Democrática recusa aliança pró-troika

«Aurora Dourada» festeja resultado nas eleições gregas  (Reuters)

Moderados de esquerda obtiveram 6,1 por cento nas eleições deste domingo

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O partido Esquerda Democrática, que obteve 6,1 por cento nas eleições deste domingo, recusa aliar-se aos partidos favoráveis ao memorando assinado com a troika.

Em declarações à agência Reuters, o líder desta formação da esquerda moderada, Fotis Kouvelis, foi taxativo: «Descartamos participar num governo PASOK-Nova Democracia».

«Participaremos numa coligação de governo com outras forças progressivas», disse Kouvelis, depois de uma reunião para definir a estratégia a seguir pelo seu partido, numa altura em que a composição do próximo governo grego é indefinida.

O socialistas do PASOK e o Nova Democracia - partidos tradicionais de poder na Grécia - sofreram um duro revés nestas eleições.

O Nova Democracia foi o mais votado, mas mesmo assim não foi além dos 18,8%, correspondentes a 108 lugares no parlamento.

Este resultado não serve para formar uma maioria com o PASOK, o outro partido que apoia o memorando com a troika, devido à sua abrupta descida nas urnas para 13,2 por cento, ficando apenas com 41 assentos parlamentares e atrás da Coligação de Esquerda Radical (Syriza), que obteve 16,76 por cento (52 deputados).

Para alcançar uma maioria no Parlamento, que tem 300 lugares, os dois partidos que integraram até agora a coligação do governo, necessitam de mais dois deputados, para alcançar os 151 assentos necessários. Isso só poderá ser alcançado com um acordo com uma das outras formações partidárias, numa altura em que nenhuma delas é favorável à manutenção do atual acordo de assistência financeira à Grécia.

Os 6,1 por cento do Esquerda Democrática, apesar de valerem apenas 19 assentos parlamentares, poderiam decidir a constituição de uma coligação com maioria na assembleia.

O presidente grego anunciou que vai reunir-se com Andonis Samaras, líder dos conservadores do Nova Democracia. Karolos Papoulias deverá pedir a Samaras que tente formar uma coligação de governo.
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