Merkel propõe controlo pontual de armas - TVI

Merkel propõe controlo pontual de armas

Tim Kretschmer, o atirador

Na sequência do massacre de Winnenden que fez 15 mortos

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A chanceler alemã, Angela Merkel defendeu este domingo controlos de armas a particulares sem aviso prévio, para verificar se estão devidamente guardadas, após o massacre de Winnenden, na quarta-feira, em que um jovem matou 15 pessoas antes de suicidar, informa a Lusa.

Em entrevista à emissora de rádio Deutschlandfunk, Merkel apelou a uma maior vigilância para evitar tragédias semelhantes, «o que implica guardar em segurança armas e munições, e para garantir isso temos de pensar em acções de fiscalização sem aviso prévio».

«Temos de fazer os possíveis para que as crianças não tenham acesso a armas e que não sejam expostas à violência, e temos de ter mais atenção a todos os jovens», acrescentou a chanceler.

No que se refere à Internet e aos jogos e vídeos violentos, que eram um dos passatempos do homicida, Angela Merkel afirmou que «não se pode invocar apenas o direito à liberdade na Internet, é preciso ver se se pode fazer alguma coisa», sem no entanto adiantar propostas.

Tim Kretschmer, um jovem de 17 anos, entrou na quarta-feira armado na sua antiga escola secundária, em Winnenden, matou a tiro 12 alunos e professores e na fuga matou mais três pessoas, antes de se suicidar, quando já estava cercado pela polícia.

A pistola «Beretta» de nove milímetros utilizada no massacre tinha sido retirada do arsenal de 15 armas que o pai, que é atirador desportivo, tinha em casa, além de 4600 munições. Era a única arma que o pai não tinha guardada num cofre, como manda a lei do porte de arma, mas sim na mesinha de cabeceira do quarto de dormir, ao alcance do filho.

Contra o pai de Tim Kretschmer poderá ser aberto um processo-crime por homicídio por negligência, se se confirmar que a arma não estava devidamente guardada.

Segundo o Código Penal alemão, quem causar a morte de uma pessoa por negligência é punido com prisão até cinco anos ou a uma coima.

Segundo o site Spiegel Online, poucas horas antes de iniciar o massacre na escola, o jovem tinha estado a jogar «Far Cry 2», um jogo violento cuja venda é interdita a menores de 18 anos.

Os investigadores constataram que começou a jogar às 19:30 e desligou o computador às 21:40 da noite anterior ao massacre. O jogo consiste em dar caça e matar um traficante de armas, num país fictício.
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