Notícia atualizada às 11:48
Um tribunal russo libertou esta terça-feira sob fiança uma brasileira ativista da Greenpeace, a primeira estrangeira a ser libertada entre os 30 detidos por protestarem contra a exploração de petróleo no Ártico, informou a organização de defesa do ambiente.
«Ana Paula Alminhana Maciel vai ser libertada sob fiança, diz tribunal em São Petersburgo», informou a Greenpeace através da rede social Twitter, precisando tratar-se da primeira libertação de um cidadão «não russo».
Na segunda-feira, dois tribunais da mesma cidade libertaram sob fiança três ativistas russos, mas determinaram que um militante ambientalista australiano ficasse em prisão preventiva até ao julgamento a 24 de fevereiro.
Tal como nos casos do fotógrafo Denis Sinyakov, do porta-voz Andrei Allakhverdov e da médica do navio do Greenpeace Yekaterina Zaspa, a brasileira terá de pagar uma fiança de dois milhões de rublos (cerca de 45.000 euros).
«A libertação de quatro membros da tripulação sob fiança é positiva, mas não devemos esquecer que as acusações contra eles não foram retiradas», disse o advogado do Greenpeace Anton Beneslavsky num comunicado citado pela Lusa.
«Eles ainda arriscam longas penas de prisão», adiantou.
Uma fotografia divulgada pelo grupo ecologista mostra Maciel a sorrir quando ouviu a decisão do tribunal sobre si.
A porta-voz da Greenpeace Violetta Ryabko disse que a organização recolheu dinheiro suficiente para pedir aos tribunais a libertação sob fiança de dois milhões de rublos de todos os ativistas.
O grupo foi detido em setembro, depois de o navio onde seguia ter sido intercetado pelas autoridades russas, na sequência de um protesto em mar aberto contra uma exploração petrolífera no Ártico.
Várias personalidades internacionais, como Madonna, Paul McCartney e a chanceler alemã Angela Merkel, apelaram para a sua libertação.
Os 28 ativistas e dois jornalistas de 18 países foram inicialmente acusados de pirataria, com uma pena máxima de 15 anos de prisão, e depois de vandalismo, que prevê um máximo de sete anos de prisão.
A justiça russa tem até domingo para prolongar a detenção dos ativistas, já que é nesse dia que expira a ordem de prisão preventiva decretada em setembro pelo tribunal do porto de Murmansk, onde os ativistas estiveram detidos até ao dia 12, quando foram levados para São Petersburgo.
Rússia liberta quatro ativistas da Greenpeace sob caução
- Redação
- CP
- 19 nov 2013, 08:24
No entanto, as acusações não foram retiradas
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