A mulher sudanesa que foi condenada à morte por ter deixado o islamismo e ter-se convertido à fé cristã pede clemência. O advogado disse à Associated Press que o apelo exige a libertação de Meriam Ibrahim, apontando «erros processuais».
Ibrahim, de 27 anos foi condenada à morte no mês passado por apostasia num Tribunal de Cartum. A sudanesa afirma que o pai muçulmano a deixou converter-se e foi criada com a mãe, cristã.
A sudanesa casou-se com um homem cristão em 2011 e tem um filho, de 18 meses, Martin, que vive com ela na prisão, onde deu à luz um segundo filho na semana passada.
A menina chama-se Maya, por escolha da mãe. Meriam Ibrahim foi condenada à morte no início deste mês, por recusar abandonar o cristianismo e converter-se ao islamismo. Estava grávida de oito meses, mas isso não impediu as autoridades sudanesas de a manterem na prisão, onde estava desde fevereiro. Nem sequer lhe foi permitido abandonar a cadeia para dar à luz num hospital.
Um vídeo obtido pela AP mostra Ibrahim com a sua recém-nascida e seu filho Martin no hospital da prisão onde ela deu à luz, feliz a amamentar a bebé.
A Amnistia Internacional condenou a sentença contra Ibrahim, tendo considerado o veredicto «abominável».
Muitos sudaneses foram condenados por apostasia nos últimos anos, mas escaparam da execução por renegarem a sua nova fé.
Sudanesa que foi condenada à morte pede clemência
- Redação
- JN
- 6 jun 2014, 12:25
Meriam Ibrahim foi condenada à morte por apostasia
Continue a ler esta notícia