Wikileaks: EUA sabiam de ataque a base nuclear síria - TVI

Wikileaks: EUA sabiam de ataque a base nuclear síria

Condoleezza Rice

Bombardeamento das forças israelitas foi revelado por Condoleeza Rice meses depois em forma de ameaça

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A divulgação de um telegrama enviado a todos embaixadores norte-americanos pela ex-secretária de Estado Condoleeza Rice, em Maio de 2008, confirma - pela primeira vez de forma oficial - que os EUA sabiam de um ataque israelita contra uma alegada planta nuclear localizada no deserto sírio.

«A 6 de Setembro de 2007 Israel destruiu um reactor nuclear que estava a ser construído pela Síria em Hihba, aparentemente com a ajuda da Coreia do Norte», lê-se no telegrama de Rice, obtido pela plataforma de divulgação de documentos classificados Wikileaks e citado esta segunda-feira pelo jornal «El País.

O telegrama refere ainda que os EUA «se abstiveram de partilhar essa informação» para tentar «evitar um conflicto» no Médio Oriente à data do ataque no leste da Síria a Setembro de 2007.

No entanto, a então secretária de Estado decidiu divulgar a informação a Abril de 2008 para obrigar o regime de Bashar al-Assad a aceitar a presença dos inspectores do Organismo Internacional de Energia Atómica (OIEA) da ONU em território sírio. De acordo com o jornal espanhol, a inspecção seria usada com o objectivo de distanciar o país da Coreia do Norte, que supostamente tinha fornecido tecnologia para transformação de urânio em plutónio para construir armas nucleares.

Esta é a primeira vez que um documento oficial comprova que os EUA tomaram conhecimento da destruição «por completo» da instalação muito antes desta informação ser divulgada. O ataque também só veio a ser reclamado pelo primeiro-ministro israelista, Benjamin Netanyahu, meses depois.

Segundo refere a agencia EFE, o telegrama de Condoleeza Rice faz parte de um conjunto de 3700 documentos clasificados sobre Israel em mãos da Wikileaks que devem ser publicados nos próximos 4 a 6 meses.

Em entrevista à cadeia televisiva «Al Jazeera», este domingo, Julian Assange assegurou que a plataforma ainda está «à espera de publicar documentos de Israel» e que «a grande maioria são polémicos».
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