O acordo é visto por analistas como um sinal de que as partes estão prontas para silenciar as armas e negociar o estatuto formal do leste separatista e outros pontos de conflito.
Sublinha também o fracasso dos ocidentais em terminar com o conflito mais mortífero na Europa desde as guerras nos Balcãs, nos anos de 1990.
Os líderes pró-ocidentais de Kiev e os rebeldes estão a disputar o controlo de uma região com 3,5 milhões de pessoas, que é o centro da indústria de carvão e do aço ucraniana.
Um assessor do negociador de paz do Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, informou que o acordo foi alcançado em Minsk, durante a última ronda de negociações periódicas.
“Chegámos a um acordo sobre um complete e incondicional cessar-fogo que vai começar às 00:00 horas da noite de 22 para 23 de dezembro”, escreveu Darka Olifer, na sua página na rede social Facebook, acrescentando que “esta iniciativa é particularmente necessária para que os civis que ali vivem (no leste separatista) possam passar o Natal e o Ano Novo em paz”.
O enviado especial da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que está envolvido nas negociações para o fim da guerra que dura há 20 meses, afirmou que os dois lados concordaram em limitar os movimentos de tropas e veículos ao longo dos 500 quilómetros da frente.
Citado pela agência noticiosa russa RIA Novosti, este enviado, Martin Sajdik, disse: “Exprimimos as nossas expectativas e esperanças de que as pessoas do leste da Ucrânia possam gozar os seus dias de Natal e Ano Novo em paz e manter esta condição no futuro”.
A Organização das Nações Unidas estima que mais de nove mil pessoas, civis na sua maioria, tenham morrido desde o início do confronto, em abril de 2014.
Os dirigentes ucranianos também afirmam que os 40 mil combatentes separatistas estão a ser apoiados por oito mil militares russos.