Taison lembra racismo: «Foi o momento mais difícil da minha vida» - TVI

Taison lembra racismo: «Foi o momento mais difícil da minha vida»

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Futebolista brasileiro do Shakhtar diz que «não tinha outra coisa a fazer» face aos insultos

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O futebolista brasileiro do Shakhtar Donetsk, Taison, afirmou que o episódio de racismo no duelo ante o Dínamo de Kiev, em novembro último, foi o momento «mais difícil» da sua vida, mas que não tinha outra forma de reagir face aos insultos que estavam a ser-lhe dirigidos.

«Eles imitaram um som muito forte de um macaco e a primeira coisa que fiz foi reagir porque não tinha outra coisa a fazer. Vi a bola e chutei, fiz o gesto com o dedo e depois pedi desculpas, porque muitas crianças podiam estar a olhar para aquilo. As crianças têm de ver o Taison a sorrir, a jogar à bola e a fazer as coisas que eu gosto. Foi no momento, não pensei. Tive de defender-me e a maneira de defender-me foi aquela», defendeu Taison, em declarações publicadas este domingo, pelo GloboEsporte.

Taison lembrou ainda um episódio com um colega de equipa africano, quando estava no Metalist, para ilustrar o sofrimento que os jogadores de cor já sofreram, também no mesmo país. «Quando joguei no Metalist, o Papa Gueye, que é senegalês, passava diariamente por isso e nunca reagia. Mas naquele dia tive de fazer aquilo porque o som foi muito forte na bancada», notou.

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Ainda assim, o jogador treinado pelo português Luís Castro diz que é «bem tratado» na Ucrânia. «Não sou maltratado na Ucrânia. Sou muito bem tratado, por sinal. Estou há dez anos lá. Já tive proposta para sair e o clube não me libertou, então sinto que gostam bastante de mim. Mas aquele foi, infelizmente, o momento mais difícil da minha vida. Espero que ninguém passe», afirmou.

O jogador de 31 anos chegou a ser suspenso por um jogo pela reação e, nesse duelo com o Dínamo, abandonou o relvado após o sucedido e voltou passados alguns momentos, tendo sido depois expulso com cartão vermelho pela resposta aos impropérios oriundos da bancada.

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