Refugiados: Grécia intensifica controlo de fronteiras - TVI

Refugiados: Grécia intensifica controlo de fronteiras

  • Élvio Carvalho
  • 3 dez 2015, 19:24
Resgate no Mar Egeu

Governo grego ativou o Mecanismo de Proteção Civil da UE, acordou um novo plano com a Frontex e pediu a o envio de equipas de intervenção rápida nas fronteiras (o mecanismo RABIT)

O Governo grego pediu nova assistência à Comissão Europeia para lidar com a entrada de milhares de refugiados e migrantes no país, e ativou vários mecanismos europeus para tentar controlar as suas fronteiras.

Segundo comunicado da Comissão Europeia, a Grécia ativou o Mecanismo de Proteção Civil da UE, acordou um novo plano com a Frontex - a agência que ajuda a controlar as fronteiras da UE - e pediu a o envio de equipas de intervenção rápida nas fronteiras (o mecanismo RABIT).

O primeiro permite que os Estados, sejam ou não membros da União Europeia, requeiram recursos para lidar com uma crise, tendo a Grécia pedido itens como tendas, geradores, camas, equipamentos sanitários e kits de primeiros socorros. O comunicado refere que esta ajuda será enviada o mais rapidamente possível.

Já o novo plano com a Frontex vai decorrer junto da fronteira com a Macedónia, onde a assistência para o registo de refugiados e migrantes vai ser reforçado já a partir da próxima semana.

Por último, o pedido para a intervenção do RABIT destina-se ao controlo das fronteiras mais a sul da Grécia, nomeadamente as ilhas do mar Egeu, porta de entrada para muitos dos migrantes e refugiados, especialmente dos que chegam do continente africano. A solicitação do Governo grego será tratada como prioritária pela Frontex.

O RABIT só foi ativado uma vez, em 2010, para proteger a fronteira da Grécia com a Turquia, mas a Comissão considera foi capaz de reduzir o número de migrantes a entrar no país.

A Grécia torna-se, assim, o quinto país a requerer a ativação do Mecanismo de Proteção Civil da UE, depois da Hungria e Sérvia, em setembro, e Eslovénia e Croácia, em outubro. A medida é justificada pela entrada de mais de 50.000 pessoas no país desde 1 de novembro.
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