Mais de 2 mil fetos encontrados em casa de médico dos abortos - TVI

Mais de 2 mil fetos encontrados em casa de médico dos abortos

Feto humano

Ulrich Klopfer morreu a 3 de setembro. Quando a família foi a sua casa no Illinois, deparou-se com corpos de fetos de várias idades gestacionais, devidamente preservados

A polícia contabilizou 2246 fetos, de várias idades gestacionais, em casa de Ulrich Klopfer, um médico norte-americano controverso, que terá praticado abortos em milhares de jovens. Algumas pouco mais velhas do que 10 anos. Klopfer viu mesmo a licença de exercício da profissão suspensa, em 2016, por suspeitas de práticas da medicina pouco ortodoxas.

Ulrich Klopfer morreu a 3 de setembro e foram familiares do médico quem, inicialmente, deu conta do achado macabro, na casa do médico, no Illinois, e alertou as autoridades. Quando a polícia se deslocou à habitação, deparou-se então com milhares de fetos, de diferentes idades gestacionais, devidamente preservados.

As autoridades estimam que Ulrich Klopfer tenha praticado dezenas de milhares de abortos, em vários condados do estado norte-americano do Indiana, durante décadas. De acordo com o jornal South Bend Tribune, Klopfer será o médico que mais abortos tenha feito naquele estado, em toda a história.

As autoridades estão a investigar o caso, nomeadamente para apurar se os abortos de que resultaram aqueles fetos terão sido praticados na casa do médico.

Até ver a licença suspensa, Klopfer praticava os abortos numa clínica chamada Women's Pavilion, em South Bend, Indiana.

Já em 2014, e depois em 2015, o médico foi alvo de investigações, após acusações de má conduta. Mas foi em 2016, que viu o estado suspender-lhe a licença para o exercício da profissão.

Na altura foi acusado de negligência na assistência às pacientes e de ter adulterado dados e documentos, nomeadamente aqueles que se referiam a abortos em meninas abaixo dos 14 anos.

Ulrich Klopfer tinha então 71 anos. O Tribunal deu como provado, por exemplo, que o médico usava os mesmos procedimentos e os mesmos sedativos, totalmente ultrapassados, desde 1973, quando começou a praticar abortos, após a sua legalização no estado. Klopfer justificou que nunca uma paciente lhe morrera ou tenha tido falhas cardíacas, em 43 anos de profissão.

Também na altura Klopfer foi questionado acerca de um aborto praticado numa menina de 10 anos, num hospital de Illinois, depois de ser violada por um tio. Em vez de notificar as autoridades, o clínico permitiu que a menina regressasse a casa com os pais, que sabiam da violação e se recusavam a apresentar queixa contra o tio da criança.

Outra das práticas de que era acusado era a de não ministrar medicamentos para aliviar as dores a todas as mulheres. Só jovens abaixo dos 16 anos ou mulheres que podiam pagar os medicamentos à parte tinham direito a eles.

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