Reino Unido coloca Portugal na lista verde e permite viagens quase sem restrições - TVI

Reino Unido coloca Portugal na lista verde e permite viagens quase sem restrições

  • Henrique Magalhães Claudino
  • 7 mai 2021, 17:06

Israel e Gibraltar também fazem parte da lista que, em termos concretos, define que, aos viajantes, não seja exigido quarentena após o regresso ao Reino Unido

O ministro dos transportes Britânico anunciou esta sexta-feira que Portugal entrou oficialmente para a lista de países quase sem restrições para viajantes do Reino Unido. Uma decisão que entra em vigor no dia 17 de maio.

O país consta assim da denominada lista verde, que inclui outros onze países e regiões, como Israel e Gibraltar. A ideia é que os viajantes com destino a estes países ficam livres de cumprir quarentena no regresso. No entanto, aos viajantes, é ainda exigido um teste PCR negativo antes do regresso ao Reino Unido e dois dias depois de ter regressado.

 

Países e territórios incluídos na lista Verde Países e territórios incluídos na lista Amarela (*)

Países e territórios incluídos na lista Vermelha (*)

Portugal China Argentina
Gibraltar Rússia Brasil
Ilhas Faroé Estados Unidos África do Sul
Israel Canadá Emirados Árabes Unidos
Austrália México Filipinas
Nova Zelândia Espanha Venezuela
Brunei França  Uruguai
Ilhas Malvinas Alemanha Turquia
Islândia Suécia Nepal

Santa Helena, Ascensão e Tristão da Cunha

Noruega Maldivas

Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul

Finlândia Índia

(*) Pode consultar a lista completa aqui.

 

França, Espanha e Grécia são exemplos de países que não chegam à lista verde, informou o ministro em conferência de imprensa, salientando que farão parte da lista amarela - que implica isolamento durante 10 dias, mas este pode ser cumprido em casa, e terão de fazer dois testes PCR, no segundo e oitavo dias da quarentena. 

As viagens serão interditas para os países da "lista vermelha”, cujos viajantes terão de cumprir, à chegada ao Reino Unido, quarentena de 10 dias num hotel designado e às suas custas, além de fazer dois testes PCR, no segundo e oitavo dias da quarentena.

As listas e os correspondentes países vão ser objeto de revisão todas as semanas.

Fizemos um progresso enorme a combater a pandemia covid-19 no Reino Unido. Não chegámos ao fim, mas os sinais são muito positivos”, disse o ministro dos Transportes, Grant Shapps,  

Porém, salientou que é necessário não colocar este sucesso em risco e que “a única via de saída da pandemia é cuidado e prudência”. 

Temos de ter a certeza que países com os quais restabelecemos ligação são seguros, que as taxas de infeção são baixas e taxas de vacinação baixas, e não estão a incubar variantes perigosas e têm vigilância em prática”, indicou.

Desde janeiro que estavam proibidas as viagens para o estrangeiro exceto em casos de força maior e com justificação válida, sendo as infrações penalizadas com multas de 5.000 libras (5.800 euros).  

Shapps disse que os britânicos ou residentes Reino Unido poderão usar a aplicação de telemóvel do serviço de saúde público NHS como certificativo de vacinação digital, ou pedir um certificado em papel. 

Porém, não dispensou os viajantes de vários testes de deteção, que poderão adicionar dezenas ou centenas de euros ao custo das viagens. 

De acordo com o sistema “semáforo” para classificar os países de acordo com o risco da situação epidémica, mesmos as pessoas que cheguem de destinos da "lista verde”, isentos de quarentena, precisam de realizar pelo menos dois testes. 

Um teste, que pode ser rápido ou PCR, com resultado negativo tem de ser feito até 72 horas antes do embarque e outro, obrigatoriamente PCR e feito no setor privado, precisa de ser realizado nas primeiras 48 horas após a chegada a Inglaterra. 

Num artigo conjunto para o jornal Daily Telegraph, vários operadores de aeroportos britânicos e transportadoras aéreas acusaram o Governo de "excesso de cautela” e consideraram “ilógico” continuarem a ser exigidos testes após o regresso.

O sistema de “semáforo” será baseado em quatro critérios: as taxas de vacinação, o número de casos, a prevalência de “variantes preocupantes” e a qualidade dos dados de testagem.

A especulação sobre a reabertura das viagens internacionais levou a um aumento na procura, tendo sido noticiado um aumento dos preços dos bilhetes. 

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