Governo do Mali pede ajuda à Mauritânia - TVI

Governo do Mali pede ajuda à Mauritânia

Mali

Dois terços do território ocupado há seis meses por movimentos islamistas

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O governo do Mali pediu hoje às autoridades mauritanas que se envolvam mais na procura de uma solução para a crise que afeta o país, que tem dois terços do território ocupado há seis meses por movimentos islamistas.

O primeiro-ministro transitório do Mali, Diango Sissoko, disse em conferência de imprensa, após um encontro com o presidente mauritano, Mohamed Uld Abdel Aziz, que o chefe de Estado mauritano tem uma «visão muito clara dos problemas no Mali».

O presidente mauritano «está bem informado» do que se passa nesta região e tem «muito boas intenções» para ajudar o Mali «a sair rápidamente das suas dificuldades», disse Sissoko, que levou a Aziz uma mensagem do presidente maliense, Dionkounda Traoré.

Sissoko lembrou que o seu país partilha a maior fronteira (mais de 2.000 quilómetros) com a Mauritânia.

O grupo radical islamico Ansar al Din, que controla o norte do Mali desde junho de 2012, decidiu esta semana romper as tréguas com o Governo central do Mali, justificando a sua posição com a «atitude belicista» das autoridades.

A 20 de dezembro, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução que autoriza a deslocação de tropas africanas para a região para ajudar as autoridades de Bamako a recuperar a integridade territorial.

O exército mauritano realizou em junho e outubro 2011 operações militares na região contra bases da Al Qaeda no Magrebe Islámico mas em novembro o presidente mauritano afirmou que o seu país não participará na intervenção militar internacional.

O norte do Mali, uma região de 850.000 quilómetros quadrados, está fora da autoridade de Bamako desde 22 de março de 2012, data em que o presidente maliense, Amadu Tumani Turé foi derrubado por um golpe militar.
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