Covid-19: mundo está a enfrentar uma escassez de preservativos - TVI

Covid-19: mundo está a enfrentar uma escassez de preservativos

Preservativos

Fundo da População das Nações Unidas diz que este é um cenário "muito preocupante" e que as mulheres mais pobres e mais vulneráveis são as que mais vão sofrer

Um cenário “muito preocupante”. É assim que a diretora executiva do Fundo da População das Nações Unidas olha para a escassez global de preservativos, uma situação causada pela pandemia do novo coronavírus.

Uma situação que foi agravada pela compra excessiva do produto, face à corrida pela procura de luvas. Este tipo de proteção rapidamente esgotou e as pessoas começaram a comprar preservativos como substituto.

"A UNFPA está preocupada, assim como toda a ONU, com aqueles que, normalmente, seriam deixados para trás. A questão por detrás da escassez de preservativos ou de qualquer contracetivo, é que veríamos um crescimento de gravidezes não planeadas e, infelizmente, de gravidezes em adolescentes, o que teria efeitos devastadores, não só nessas jovens mães, como também na próxima geração", disse Natalia Kanem em entrevista à France 24.

 

"Uma escassez de contracetivos modernos corresponde a um aumento de abortos inseguros, com complicações mortíferas associadas, assim como de doenças sexualmente transmissíveis, incluindo o VIH", sublinhou.

Mulheres mais pobres vão sofrer mais

A diretora lembra que, “mesmo antes da pandemia, tínhamos já muito mais de 230 milhões de mulheres, especialmente em países em desenvolvimento, que não tinham como aceder a métodos contracetivos. Se esse número aumentar dramaticamente, haverá efeitos associados nas economias, na capacidade de as mulheres assumirem o seu lugar na sociedade".

Natalia Kanem acredita que quem mais vai sofrer com este cenário serão “as mulheres mais pobres e vulneráveis, as que mais precisam de acesso a métodos de contraceção seguros e acessíveis".

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