Borrell ‘confirma’ diplomata portuguesa à frente da delegação da UE em Cuba - TVI

Borrell ‘confirma’ diplomata portuguesa à frente da delegação da UE em Cuba

  • Agência Lusa
  • MJC
  • 4 ago 2021, 13:51
Isabel Brilhante, embaixadora da União Europeia na Venezuela

Isabel Brilhante Pedrosa foi escolhida pelo corpo diplomático europeu para nova chefe da delegação da União Europeia em Cuba depois de em fevereiro passado ter deixado a Venezuela ao ser considerada ‘persona non grata’

O Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, anunciou esta quartformalmente as nomeações de 11 novos chefes de delegação, entre as quais a da diplomata portuguesa Isabel Brilhante Pedrosa para embaixadora em Cuba.

Em 16 de julho passado, uma porta-voz comunitária já confirmara à Lusa que Isabel Brilhante Pedrosa havia sido a escolhida pelo corpo diplomático europeu para nova chefe da delegação da União Europeia em Cuba, depois de em fevereiro passado ter deixado a Venezuela ao ser considerada ‘persona non grata’.

Isabel Brilhante Pedrosa vai suceder, a partir de 01 de setembro, ao embaixador espanhol Alberto Navarro como chefe da delegação da UE em Havana, no quadro da rotatividade dos chefes de delegação e embaixadores da União em países terceiros, que levou à designação de outros 10 novos embaixadores que iniciarão funções na mesma data, na Argélia, Azerbaijão, em El Salvador, Etiópia, Iraque, Malaui, Nicarágua, Peru, Somália e Tailândia.

A nomeação de Isabel Brilhante Pedrosa para chefe da delegação em Cuba tem lugar num contexto de convulsão política na ilha, que vive uma grave crise económica e de saúde - com a pandemia de covid-19 descontrolada e uma grave escassez de alimentos, remédios e outros produtos básicos, além de longos cortes de energia -, o que levou recentemente às maiores manifestações em décadas, reprimidas pelas autoridades.

Isabel Brilhante Pedrosa, 57 anos, irá então substituir dentro de menos de um mês o diplomata Alberto Navarro, que em fevereiro passado se viu envolvido numa polémica, ao subscrever uma carta – assinada por centenas de personalidades – a pedir ao Presidente norte-americano, Joe Biden, que levantasse o embargo a Cuba, defendendo que já não existia ditadura no país.

O responsável espanhol foi mesmo chamado a Bruxelas para dar explicações, tendo o Alto Representante Josep Borrell decidido mantê-lo no cargo, mas repreendendo-o pelo “erro”.

Também no final de fevereiro de 2020, na sequência de uma decisão dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE de alargarem a lista de personalidades ligadas ao regime venezuelano alvo de sanções, o regime de Nicolas Maduro considerou Isabel Brilhante Pedrosa ‘persona non grata’, dando-lhe 72 horas para abandonar o país, tendo a diplomata portuguesa, chefe da delegação da UE em Caracas desde 2018, regressado a Bruxelas no início de março.

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