Brexit: Espaço Schengen vai estar em cima da mesa das negociações - TVI

Brexit: Espaço Schengen vai estar em cima da mesa das negociações

Brexit: UE irá negociar espaço schengen

Ministro francês das Finanças garante que todos os parâmetros comunitários vão ser negociados

Depois de decidido o divórcio entre o Reino Unido e a União Europeia, os líderes dos estados-membros alertam para a necessidade de incluir os parâmetros da livre circulação de pessoas, bens e capitais nas negociações se os britânicos quiserem ter acesso ao mercado único.

Em entrevista no programa Newsnight da BBC, Michel Sapin, ministro francês das Finanças, defendeu a “saída rápida” do Reino Unido da UE, mas referiu que esta exigência não serve para punir os britânicos e  considera que o país “encontrará dificuldades reais” e não há necessidade de “ampliá-las”.

Michel Sapin, Ministro francês das Finanças

O entrevistado deu os exemplos da Noruega e da Suíça que embora não sejam países da UE, pertencem ao Espaço Schengen. Sapin afirmou que as negociações com o Reino Unido terão os mesmos moldes das promovidas com os representantes noruegueses e suíços.

 Há questões muito importantes para o Reino Unido sobre os serviços financeiros, por isso, vamos discutir tudo,” refere o ministro.

O representante das finanças francesas afirmou que espera dos britânicos propostas sobre todas as questões e que a UE irá negociar todos esses aspetos com o desejo de chegar a um acordo.

Ainda não chegamos lá [às negociações], até termos uma decisão oficial dos Reino Unido. Os britânicos não quererão estar na mesma posição que estavam antes. As coisas vão mudar. As coisas já mudaram," acrescentou.

Na entrevista, foi também referido o possível cenário de “migrações” de certas instituições financeiras, que poderão sair de Londres para outros países da UE como resultado do Brexit.

Devemos estar preparados para isso. Sem hostilidade.” Alerta Sapin

Em tom de conclusão, o ministro mostrou-se surpreso com o facto daqueles que defendiam o Brexit “não estarem, de todo, preparados para as consequências” e “de repente encontraram dificuldades e problemas”.

É o paradoxo – aqueles que estavam menos preparados são os que agora têm de tomar responsabilidade

 

O Brexit fez ondas. Temos de acalmar essas ondas”, concluiu.

 

Continue a ler esta notícia