Brexit: França rejeita "um acordo a qualquer preço" com o Reino Unido - TVI

Brexit: França rejeita "um acordo a qualquer preço" com o Reino Unido

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  • 6 dez 2020, 10:42
Emmanuel Macron

O secretário de Estado dos Assuntos Europeus francês, Clément Beaune, reconheceu que os dois principais confrontos entre Londres e os 27 são os subsídios a empresas e a pesca

O secretário de Estado dos Assuntos Europeus francês, Clément Beaune, garantiu que a França não aceitará “um acordo a qualquer preço" com Londres sobre as futuras relações entre o Reino Unido e a União Europeia após o Brexit.

Se chegarmos a um acordo, vamos examiná-lo. Se não for bom e de acordo com nossos interesses, principalmente para os pescadores, a França, como qualquer outro Estado-membro, pode emitir um veto", disse Beaune em entrevista publicada este domingo pelo semanário "Le Journal du Dimanche".

O secretário de Estado, muito próximo do Presidente Emmanuel Macron, considerou adequada a trégua nas negociações introduzida pelo representante europeu, Michel Barnier, mas advertiu que os prazos não devem constituir uma ameaça.

Estaríamos errados se mantivéssemos a pressão no cronómetro. É necessário que os Estados-membros e o Parlamento Europeu tenham tempo para examinar o acordo quando ele for alcançado e após sua votação", disse.

Além disso, garantiu, seria necessário explicá-lo às empresas para que se adaptassem ao novo cenário, para o qual considerou fundamental que se avance "nos próximos dias".

É bom finalizar um acordo, ou estabelecer o 'não acordo'. Porque, neste caso, é melhor saber agora do que no Natal. Enquanto isso, temos que nos preparar para as duas opções”, disse.

Beaune reconheceu que os dois principais confrontos entre Londres e os 27 são os subsídios a empresas e a pesca.

No primeiro caso, o secretário de Estado salientou que, com o acordo, o Reino Unido "seria o principal parceiro comercial fora da UE", pelo que considerou "normal que sejam pedidas garantias de que não haverá um 'dumping' inadmissível".

Sobre a pesca, garantiu que “os britânicos não podem, por um lado, ter acesso a todo o mercado único europeu e, por outro, excluir a pesca desse conjunto”.

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