UE apela à Turquia para cessar “imediatamente” a prospeção de gás - TVI

UE apela à Turquia para cessar “imediatamente” a prospeção de gás

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  • 16 ago 2020, 21:33
Bruxelas

Ancara anunciou a extensão das suas atividades de perfuração

O alto-representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, apelou este domingo a Ancara para cessar “imediatamente” a prospeção de campos de gás no Mediterrâneo, após o anúncio da Turquia da extensão das suas atividades de perfuração.

O anúncio de Ancara “lamentavelmente aumenta as tensões e a insegurança”, advertiu Josep Borrell, num comunicado divulgado pelos seus serviços.

Tendo como pano de fundo as tensões no Mediterrâneo Oriental, este anúncio “mina os esforços para retomar o diálogo e as negociações” e opõe-se à desaceleração da escalada, que é “a única forma de estabilidade e soluções duradouras, como reiteraram os ministros dos Negócios Estrangeiros na sexta-feira”, numa reunião dos chefes da diplomacia dos Estados membros da UE, realizada por videoconferência.

Borrell exortou “as autoridades turcas a cessarem imediatamente com estas atividades e a empenharem-se de boa fé e totalmente num amplo diálogo com a União Europeia”.

A Turquia anunciou que estenderia a suas pesquisas por gás numa área disputada no leste do Mediterrâneo, ignorando os pedidos da UE com vista a diminuir as tensões na área.

Num aviso marítimo (Navtex) publicado no sábado à noite para domingo, a marinha turca revelou que o navio de perfuração Yavuz, situado ao largo de Chipre há vários meses, vai fazer prospeção de gás no sudoeste da ilha a partir de 18 de agosto e até 15 de setembro.

Na reunião de sexta-feira, os ministros dos 27 Estados membros da UE pediram à Turquia “uma diminuição imediata da escalada [das tensões] e um novo empenho no diálogo”.

Em julho passado, Josep Borrell foi mandatado para preparar as “medidas adequadas para enfrentar os desafios colocados pela Turquia”, sendo que prometeu apresentar várias opções aos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE quando se reunissem em Berlim no final de agosto, pois a unanimidade é necessária para a adoção de sanções.

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