UE não reconhece resultados das eleições na Bielorrússia: "Não foram livres nem justas" - TVI

UE não reconhece resultados das eleições na Bielorrússia: "Não foram livres nem justas"

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  • 19 ago 2020, 15:37

Presidente do Conselho Europeu afirma que a Europa está solidária com o povo bielorrusso

A União Europeia está solidária com o povo da Bielorrússia e vai apoiá-lo, ao mesmo tempo que sancionará os responsáveis pela fraude nas eleições presidenciais e pela violência, pois “não aceita impunidade”, afirmou o presidente do Conselho Europeu.

No final de uma cimeira extraordinária de chefes de estado e de governo da UE realizada por videoconferência, o presidente do Conselho, Charles Michel, disse em conferência de imprensa em Bruxelas que a mensagem “muito forte e unida” dos 27 para Minsk é “muito clara: a UE está solidária com o povo na Bielorrússia e não aceita a impunidade”, pelo que vai adotar “em breve” sanções contra “um número substancial de indivíduos responsáveis pela violência, repressão e fraude eleitoral”.

Estas eleições não foram nem livres nem justas. Não reconhecemos os resultados apresentados pelas autoridades bielorrussas. O povo da Bielorrússia merece melhor”, declarou Charles Michel, que insistiu na necessidade de ser lançado um “diálogo nacional inclusivo” com vista a uma solução pacífica e democrática para a transição de poder.

Questionado sobre a sua conversa telefónica na terça-feira com o presidente russo, Vladimir Putin, o presidente do Conselho Europeu indicou que lhe transmitiu “a convicção europeia de que é importante um diálogo nacional inclusivo” imune a “interferências externas negativas”.

 

Costa manifesta “apoio à democracia e aos direitos humanos”

O primeiro-ministro português, António Costa, defendeu o “apoio à democracia e aos direitos humanos” na Bielorrússia, que enfrenta sérias tensões sociais e políticas após as contestadas eleições presidenciais, mostrando-se também solidário com o povo bielorrusso.

Numa publicação feita na rede social Twitter após uma cimeira extraordinária de líderes europeus hoje realiza por videoconferência e dominada pela situação na Bielorrússia, António Costa salientou que “a União Europeia [UE] está unida na solidariedade para com o povo bielorrusso e na defesa da democracia e dos direitos humanos”.

Apelamos ao diálogo e à libertação de todos os manifestantes ilegalmente detidos”, adiantou o chefe de Governo português na publicação.

A crise na Bielorrússia foi desencadeada após as eleições de 9 de agosto, que segundo os resultados oficiais reconduziu o presidente Alexander Lukashenko, no poder há 26 anos, para um sexto mandato, com 80% dos votos.

A oposição denuncia a eleição como fraudulenta e milhares de bielorrussos saíram às ruas por todo o país para exigir o afastamento de Lukashenko.

Os protestos têm sido duramente reprimidos pelas forças de segurança, com quase 7.000 pessoas detidas, dezenas de feridos e pelo menos três mortos.

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