Passageiro retirado à força de avião porque companhia vendeu bilhetes a mais - TVI

Passageiro retirado à força de avião porque companhia vendeu bilhetes a mais

  • PP
  • 10 abr 2017, 15:13

Momento foi registado em vídeo e divulgado nas redes sociais. Vítima alegou que era médico e tinha pacientes para ver no dia seguinte. Mais tarde foi autorizado a regressar ao aparelho

Um passageiro de um voo da United Airlines foi retirado à força do avião. Porquê? A companhia justifica que foram vendidos bilhetes a mais para o voo doméstico 3411, de Chicago para Louisville, e precisava de “voluntários” para um voo no dia seguinte. Mas o pedido não foi bem aceite por este passageiro.

O momento foi registado em vídeo e divulgado, este domingo, nas redes sociais porque a forma como tudo aconteceu indignou alguns passageiros. Audra D. Bridges estava no avião e foi ela que gravou as imagens do incidente. Em declarações ao jornal local de Louisville, Courier Journal, explicou o sucedido.

Tudo aconteceu no Aeroporto Internacional de O’Hare. Todos os passageiros entraram no avião e foram sentados. Quando estavam sentados foram informados que o voo estava “overbooked” – tinham sido vendidos bilhetes a mais – e procuravam quatro voluntários para fazer viagem no dia seguinte. Os lugares eram necessários para funcionários da própria United Airlines, que tinham de estar em Louisville, no dia seguinte, para um voo.

Foram ainda informados que o aparelho não ia descolar até haver lugares para a tripulação. A companhia ofereceu 400 dólares (370 euros) e uma noite num hotel aos voluntários, mas ninguém se ofereceu. Subiu a oferta para 800 dólares (750 euros), mas mesmo assim, não houve voluntários. Em seguida, explicaram que o computador ia “escolher, de forma aleatória” os passageiros que iam ficar em terra.

Dois passageiros acabaram por acatar a escolha, mas um deles recusou sair do aparelho. E é esse passageiro, que se vê sendo arrastado para fora do avião, a gritar, perante o olhar de espanto e terror dos outros passageiros. O homem, cuja identidade é desconhecida alegou que era médico e tinha pacientes para ver no dia seguinte em Louisville. E, na verdade, mais tarde, este acabou por ser autorizado a embarcar no voo e seguir viagem. O voo partiu com duas horas de atraso.

Um porta-voz da companhia confirmou que “o voo 3411 tinha excesso de passageiros”. Acrescentando que “depois de procurarem voluntários, um dos passageiros recusou sair e tinham sido chamadas as autoridades”. Por fim, a United Airlines “pediu desculpa pelo overbooking, mas quanto ao restante alegou que deviam ser contactadas as forças de segurança”.

Ainda segundo Audra D. Bridges, quando regressou, o passageiro “correu para a parte detrás” e vinha visivelmente desorientado, com o rosto ensanguentado. A tripulação pediu, então, para todos saírem, para poderem “arrumar” as coisas e, depois, seguir viagem.

Recorde-se que, recentemente, duas raparigas foram proibidas de embarcar num voo de Denver para Minneapolis, porque as considerou que não cumpriam o código de conduta em relação a vestuário da companhia.

Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE