Professor universitário queria alunas com decotes e ameaçava violá-las - TVI

Professor universitário queria alunas com decotes e ameaçava violá-las

  • CM
  • 12 set 2018, 12:02
Escola

Docente da Faculdade de Psicologia da Universidade de Oviedo, em Espanha, foi suspenso por seis meses

Um professor de Psicologia da Universidade de Oviedo, em Espanha, foi suspenso por seis meses na sequência de ameaças, insultos e comportamentos inadequados para com as suas alunas.

O docente queria as alunas maquilhadas e com decotes, chegando inclusive a ameaçar que as violava.

Se voltam a repetir, violo-as!”, terá afirmado, segundo a assembleia de estudantes de Psicologia e Terapia da Fala (AAEPL) daquela universidade.

Uma ameaça grave, que se seguiu a dezenas de afirmações impróprias por parte de um professor que, para a associação estudantil, “utilizou a sua posição de poder para humilhar e denegrir as alunas, convertendo-as em objetos”.

Comentários como “têm de vir aos exames maquilhadas e decotadas e, se for preciso, têm de mostrar as mamas. Só assim têm a nota que quiserem” ou “quando quiserem passem pelo meu gabinete para namorarmos” foram classificados pela Universidade de Oviedo como “uma infração grave e continuada de falta de consideração para com os discentes”.

Mas o professor não se limitava às palavras. Também se aproximava demasiado de algumas alunas, tocava-lhes no pescoço, no braço ou na cintura, agarrava-as ou beijava-as na cabeça.

O processo disciplinar teve lugar no ano letivo anterior, mas os seis meses de suspensão, pena curta no entender das alunas, têm efeitos práticos no ano que agora se inicia.

Para a associação de estudantes, os regulamentos da universidade impunham medidas mais duras para este tipo de comportamentos, além de que não foi algo que aconteceu pela primeira vez e sim algo que se repetia nos últimos anos, com o professor a ser “apenas chamado à atenção”, sem ser alvo de qualquer sanção. Com a agravante de a maioria das suas alunas terem apenas 19 anos.

Só em fevereiro deste ano, “depois de uns comentários muito graves que dirigiu a várias alunas durante a revisão dos exames de janeiro”, é que a associação de estudantes conseguiu que fosse aberta uma investigação.

Foi um processo longo, complexo e muito difícil", assume, ainda, a associação.

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