A Infanta Cristina foi absolvida, enquanto o marido Iñaki Urdangarin foi condenado a seis anos e três meses de prisão por crimes de fraude fiscal, num processo que ficou conhecido como Caso Nóos. O tribunal considerou que foram dadas como provadas as suspeitas dos crimes de fraude e evasão fiscal em relação a Urdangarin.
Tribunal determinou ainda, para Iñaki Urdangarin, o pagamento de uma multa no valor de 512 mil euros. A decisão foi tomada por unanimidade do coletivo de três magistrados que julgaram o caso.
Além dos crimes fiscais, o cunhado do rei de Espanha foi também considerado culpado de prevaricação, tráfico de influência e crimes contra o Estado.
Apesar de Cristina de Borbón ter sido absolvida dos delitos fiscais, o tribunal considerou que havia uma responsabilidade civil, devido ao facto de ser administradora do Instituto Nóos, juntamente com o marido, e impôs uma multa de 265 mil euros à Infanta.
A princesa e o seu marido estavam entre os 17 suspeitos que começaram a ser julgados em janeiro de 2016, num caso que envolve negócios feitos pelo Instituto Nóos, uma organização sem fins lucrativos, com sede em Palma de Maiorca, que Inaki Urdangarin fundou e presidiu entre 2004 e 2006.
Urdangarin é acusado de ter utilizado as suas ligações à família real para ganhar concursos públicos para organizar, entre outros, eventos desportivos, tendo em seguida desviado fundos para a Aizoon, uma empresa que ele geria em conjunto com a princesa Cristina e utilizava para financiar o seu estilo de vida luxuoso.
Recorde-se que o Ministério Público tinha pedido 19,5 anos de prisão para o cunhado do Rei de Espanha.