Quem pensa que nos Estados Unidos tudo (ou quase tudo) é permitido, está enganado. No estado norte-americano de Utah, até aqui era proibido por lei ter relações sexuais fora do casamento. Mas agora deixa de ser.
A lei 43 foi aprovada com 41 votos a favor e 32 contra, no início de março. O governador, Gary Herbert, assinou entretanto o projeto de lei que descriminaliza a prática. O governador diz que com esta mudança "estamos passar a mensagem de que cada pessoa, cada indivíduo da nossa sociedade tem direito à sua dignidade, a respeito e amor".
"We are sending a message that every person, every individual in our society is worthy of dignity, respect and love." — @GovHerbert signs a bill strengthening Utah's hate crimes laws. https://t.co/hyBRAYwytp #WeTheStates pic.twitter.com/ROS5ftEUSG
— NGA (@NatlGovsAssoc) 3 de abril de 2019
A lei em vigor até agora era de 1973, ou seja, estava em vigor há 46 anos. O Código Penal classificava ter relações sexuais fora do matrimónio como um crime de ofensas contra a família. Assim mesmo: "Qualquer pessoa que participe voluntariamente num relacionamento sexual extraconjugal com outra é culpada de fornicação".
Um crime que podia resultar numa pena até seis meses de prisão e 1.000 dólares, cerca de 900 euros, em multas.
Esta mesma região dos Estados Unidos legalizou igualmente o sexo anal e o adultério, que também eram considerados crimes, embora na prática não houvesse condenações.
Utah é historicamente um estado profundamente conservador, com uma população maioritariamente mórmon. Esta igreja foi fundada em 1830, no estado de Nova York, por Joseph Smith, que afirmou ter sido visitado por Deus e Jesus enquanto rezava num bosque.