Jovem que processou escola após ser suspenso por recusar tomar vacinas apanhou varicela - TVI

Jovem que processou escola após ser suspenso por recusar tomar vacinas apanhou varicela

  • BM
  • 9 mai 2019, 19:15
Jerome Kunkel

Para Jerome Kunkel, a vacinação é "imoral, ilegal e pecaminosa". O pai do jovem, Bill Kunkel, argumenta que as vacinas derivam de "fetos abortados", o que vai contra as crenças religiosas da família

Um jovem americano, de 18 anos, processou, em abril, a escola onde estudava por ter sido suspenso depois de se recusar a tomar a vacina contra a varicela. Agora, um mês depois, contraiu o vírus.

Tudo começou quando, no mês passado, o colégio "Our Lady of Sacred Heart/Assumption Academy", em Kentucky, nos Estados Unidos, onde Jerome Kunkel andava, foi atingido por um surto de varicela, com 32 alunos infetados.

Por questões de segurança, o Departamento de Saúde do Norte de Kentucky ordenou, no dia 14 de março, que os todos alunos do colégio em causa se vacinassem contra o vírus e que aqueles que não o fizessem fossem suspensos. 

Jerome Kunkel recusou tomar a vacina, evocando motivos religiosos, e acabou por ser expulso. Depois disso, processou o colégio. Na queixa apresentada em tribunal, o jovem argumentou que a vacinação é "imoral, ilegal e pecaminosa" e que, ao ser suspenso por decidir não tomar a vacina, os seus direitos estavam a ser violados.

O juiz responsável pelo caso deu razão à escola. O magistrado concordou que o jovem não tinha o direito de frequentar as aulas e as atividades extracurriculares daquele colégio sem ter tomado a vacina, uma vez que se tornaria periogoso para os restantes alunos. Assim, o aluno perdeu a ação judicial contra o colégio.

Agora, cerca de um mês depois, Jerome Kunkel apanhou varicela, mas o advogado do jovem, Christopher Weist, disse, em declarações à NBC News, que o seu cliente não se arrepende de não ter tomado a vacina. 

Ele tem crenças profundamente religiosas e sinceras. Sempre reconheceu o risco de apanhar a doença e estava bem com isso", explicou Weist.

De acordo com a BBC, a opinião do jovem é partilhada pela família. O pai de Jerome Kunkel, Bill Kunkel, argumenta que as vacinas derivam de "fetos abortados", o que vai contra as crenças religiosas da família.

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