Antigo presidente francês Giscard d'Estaing alvo de investigação por assédio sexual aos 94 anos - TVI

Antigo presidente francês Giscard d'Estaing alvo de investigação por assédio sexual aos 94 anos

Valéry Giscard d'Estaing

Caso terá ocorrido em 2018, altura em que o antigo presidente tinha 92 anos

O antigo presidente francês Valéry Giscard d'Estaing está a ser investigado por suspeitas de assédio sexual a uma jornalista alemã, em 2018. A notícia é avançada pela AFP, que cita a procuradoria de Paris.

Os factos que estão agora a ser investigados remontam a 2018. Ann-Kathrin Stracke, de 37 anos, diz que o presidente, atualmente com 94 anos (tinha 92 à altura), lhe apalpou as nádegas por três vezes, durante uma entrevista, no seu escritório de Paris.

A queixa deu entrada na procuradoria de Paris a 10 de março. A investigação foi entregue à brigada de repressão da delinquência contra as pessoas.

De acordo com o Le Figaro, o advogado de Giscard ainda não fez qualquer comentário sobre o assunto.

Já a jornalista Ann-Kathrin Stracke confessa-se satisfeita por ver a queixa que apresentou ser aceite. .

Estou, claro, à disposição da Justiça francesa, para qualquer esclarecimento no quadro deste inquérito. (…) Decidi revelar o meu caso porque acredito que toda a gente devia saber que um antigo presidente francês assediou sexualmente uma jornalista, no caso eu, durante uma entrevista!”, explicou, citada pela AFP.

Os factos remontam a 18 de setembro de 2018. A entrevista ocorreu por ocasião do 100º aniversário do antigo chanceller alemão Helmut Schmidt. A jornalista conta que, depois da entrevista, pediu ao antigo presidente para tirar uma fotografia com toda a equipa. Ann-Kathrin Stracke diz que ficou à esquerda de Giscard, que lhe “colocou a mão na cintura e depois foi descendo em direção às nádegas e permaneceu lá”. A situação repetiu-se mais tarde noutra foto e na altura em que Giscard lhe mostrava as imagens dos antigos presidentes franceses.

Tentei sempre afastá-lo, mas não consegui”, disse.

A jornalista diz que se sentiu “vexada” e que, na altura, teve a ajuda do seu repórter de imagem, que tentou colocar uma cadeira entre a jornalista e o presidente para provocar distração.

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