Hungria anuncia segundo "muro" e começa a deter refugiados - TVI

Hungria anuncia segundo "muro" e começa a deter refugiados

Refugiados [Foto: Reuters]

Nova vedação de arame farpado vai ser construída na fronteira com a Roménia. Nova lei da imigração prevê penas de prisão até três anos para quem entrar ilegalmente no país

A Hungria vai erguer uma segunda vedação de arame farpado, desta vez na fronteira com a Roménia. O plano para a construção deste segundo "muro" foi anunciado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Peter Szijjarto, em conferência de imprensa, esta terça-feira.

“Tomámos a decisão de iniciar os trabalhos para a construção de uma vedação que começa na fronteira entre a Hungria, a Sérvia e a Roménia numa extensão razoável que deverá pressionar os fluxos migratórios em direção à Roménia.”


Em agosto, a Hungria construiu uma vedação com cerca de 175 quilómetros e quatro metros de altura junto à fronteira com a Sérvia. A estrutura de arame farpado foi erguida para conter o fluxo de refugiados que tem chegado ao país. Agora, a ideia é que esta estrutura seja estendida até aos limites com a Roménia.

A passagem de migrantes e refugiados da Sérvia para a Hungria foi totalmente bloqueada, esta terça-feira. 

A nova lei da imigração na Hungria prevê penas de prisão até três anos para quem entrar ilegalmente no país. E as autoridades húngaras já começaram a fazer as primeiras detenções. Segundo um porta-voz do governo húngaro, já foram detidas 60 pessoas.

A crise de refugiados, que diariamente tentam alcançar o continente europeu, tem afetado particularmente a Hungria, que declarou, esta terça-feira, o estado de crise. Isto depois de na segunda-feira o país ter assistido à entrada de um número recorde de refugiados, 9.380.

Os ministros do Interior da União Europeia estiveram esta segunda-feira reunidos em Bruxelas, mas não alcançaram nenhum acordo

Entretanto, a Alemanha e a Áustria pediram ao presidente do Conselho Europeu a realização de uma cimeira extraordinária sobre esta matéria. Merkel apelou ao "espírito europeu", mas recusou ameaçar os países que estão contra as quotas obrigatórias, como tinha feito o seu ministro do Interior, horas antes. 
 
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