Chavéz vai vigiar os governadores da oposição - TVI

Chavéz vai vigiar os governadores da oposição

Eleições regionais na Venezuela

Presidente venezuelano acusa-os de pertencerem «à corrente do fascismo»

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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, advertiu quinta-feira que vai vigiar os governadores e presidentes de câmara opositores que foram eleitos domingo, porque pertencem «à corrente do fascismo», refere a Lusa.

«Vou avaliá-los bem de perto, ao alcaide maior (Antonio Ledezma), ao governador de Miranda (Capriles Radonsky) e aos novos alcaides de Chacao e Baruta (...) porque o Chávez pendejo (cobarde) de 2001 e 2002 passou à história», disse.

Em 2001 e 2002 realizaram-se grandes manifestações no país, que terminaram com o afastamento temporário de Hugo Chávez do poder.

A advertência do presidente Hugo Chávez surgiu durante um contacto telefónico com o espaço televisivo «Dando e Dando», transmitido pela cadeia estatal Venezuelana de Televisão (VTV).

Hugo Chávez frisou que «se esses governadores e alcaides demonstrarem, de verdade, que querem trabalhar com o povo», estará disposto a trabalhar com eles.

«Vou avaliá-los primeiro e de muito perto», indicou Chávez, sublinhando que aceita a vitória destes candidatos da oposição nas eleições de domingo.

«Reconhecemos a sua vitória, mas eles devem reconhecer o povo, a dignidade de um povo, não lhes prevejo grande futuro (...) muitos deles pertencem à corrente do fascismo», disse.

Chávez revelou ter informações de que um governador estaria a planear contratar peritos israelitas em segurança para treinar as polícias de um Estado, mas com o «propósito único de estabelecer comandos estrangeiros no país».

Nas eleições regionais de domingo os aliados de Hugo Chávez conquistaram 17 dos 22 Estados do país.

Os oposicionistas conquistaram as governações de cinco Estados e a câmara metropolitana de Caracas, as regiões mais populosas do país, onde habitam 12 milhões de pessoas, 45 por cento da população nacional.

Em Caracas, o populoso bairro de Petare, um dos mais pobres do país, tido como um barómetro, passou para as mãos da oposição.
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