A ONU vai ajudar a Venezuela, de emergência, com 9,2 milhões de dólares. Este dinheiro vai ser canalizado para apoio nutricional e de saúde à população. Se, em setembro, o presidente Nicolas Maduro foi à Assembleia Geral das Nações Unidas dizer que a crise não passava de uma "invenção" só para os Estados Unidos porem "as mãos" no país, agora vê-se como não teve outro remédio que não assumir a grave situação por que passam os venezuelanos.
Em euros, a tranche será de cerca de 8,1 milhões, neste que é o primeiro financiamento de emergência da ONU para o governo de Maduro.
"Celebro que finalmente tenham decidido aceitar ajuda", disse o deputado José Manuel Olivares, médico exilado e ativista em questões de saúde, numa entrevista por telefone à Reuters, não sem deixar críticas em tom de aviso:
Este é um governo de instituições profundamente corruptas e (os fundos) podem acabar na conta bancária de um funcionário público num paraíso fiscal”.
A fome e as doenças estão a aumentar a olhos vistos à medida que a crise económica se agrava no país.
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O Fundo Central de Resposta a Emergências da ONU (CERF) apoiará projetos para fornecer apoio nutricional a crianças menores de cinco anos, mulheres grávidas e lactantes em risco. Será também providenciada assistência médica emergencial para os grupos mais vulneráveis.
“As alocações do CERF são feitas para garantir uma resposta rápida a emergências súbitas ou condições rapidamente deterioradas numa situação de emergência já existente”, lê-se no site do fundo.