Não sendo de brincadeiras, pelo que se percebe, a polícia venezuelana deteve dois dos responsáveis por duas das maiores empresas de brinquedos do país. E apreendeu 3,821 milhões de unidades que estavam guardadas em armazéns.
De acordo com as autoridades, os brinquedos serão agora entregues a crianças pobres e vendidos a preços baixos, algo que os empresários não pretenderiam fazer. Antes pelo contrário. A empresa Keisel é mesmo acusada de querer obter margens de lucro da ordem dos 50.000%.
Os donos das empresas acusam o regime do presidente Maduro de pretender apenas arruinar-lhes o negócio e levá-los à falência.
Do lado do governo, a agência responsável pela defes ados consumidores, a Sundde, responde que não vaia permitir que as crianças venezuelanas tenham o Natal estragado.
Nuestros niñas y niños son sagrados, no dejaremos que le roben la navidad. #JuguetazoVsAcaparamiento pic.twitter.com/fX9gCM36ya
— Sundde (@sundde_ve) December 10, 2016
A apreensão de brinquedos surge na sequência das ordens do governo venezuelano para que os comerciantes baixassem os preços dos produtos, de forma a torná-los acessíveis aos bolsos dos cidadãos.
No final de 2013, foi mesmo publicada legislação permitindo ao governo fixar preços, limitando os lucros dos comerciantes a 30%. Estas medidas destinaram-se a tentar controlar o custo de produtos essenciais que faltam sistematicamente aos venezuelanos, dada a crise económica que o país atravessa.