Botswana volta a permitir caça de elefantes - TVI

Botswana volta a permitir caça de elefantes

  • AG
  • 23 mai 2019, 11:06
Elefante

Cinco anos depois, o país levantou a suspensão sobre a caça a elefantes

O governo do Botswana levantou a proibição sobre a caça de elefantes, voltando a permitir a captura destes animais. A decisão foi comunicada esta quarta-feira pelo Ministério do Ambiente daquele país africano e surge cinco anos depois a caça ter sido ilegalizada.

No comunicado divulgado, o governo justifica esta decisão com o registo de um número elevado de conflitos entre humanos e elefantes. Segundo o mesmo texto, as autoridades não têm capacidade para dar resposta a todos os incidentes causados pelos animais e os conflitos geram um impacto financeiro negativo nas comunidades.

O Ministério vinca ainda que a decisão decorreu de um estudo feito por vários especialistas e grupos de trabalho e envolveu as comunidades afetadas, as autoridades locais e postos de turismo.

O Botswana alberga a maior concentração de elefantes em África, reunindo cerca de um terço da população da espécie naquele continente. Ao todo, estima-se que 130.000 elefantes vivam no território. A população de elefantes em África diminuiu cerca de 30% entre 2007 e 2014, segundo dados do Grande Censo dos Elefantes, um estudo de 2016 financiado pelo empresário e fundador da Microsoft Paul Allen.

O elefante africano é uma espécie em risco, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, que aponta a destruição do habitat natural dos animais como a principal razão para a maior aproximação aos humanos e às aldeias habitadas.

O antigo presidente do Botswana Ian Khama, que em 2014 aprovou a suspensão da caça, já reagiu, afirmando que esta nova lei é eleitoralista. Para Khama, os atuais governantes pretendem conquistar votos junto das comunidades que coincidem com o território dos elefantes. As eleições no Botswana estão marcadas para outubro deste ano. Khama alertou ainda que a medida pode prejudicar o turismo, a segunda atividade mais importante da economia daquele país, apenas atrás do comércio de diamantes.

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