Afeganistão e protestos dominam cimeira da NATO

A cimeira da NATO, em Chicago, nos Estados Unidos já começou e vai durar dois dias. Uma reunião marcada pela crise económica e política na Europa, mas onde o futuro do Afeganistão está no centro das atenções.

Um dia depois da cimeira do G8, em Camp David, cuja agenda foi dominada pela crise na Zona Euro e o perigo de contágio à economia global, o presidente dos EUA, Barack Obama, recebeu em Chicago, os representantes dos países-membros da NATO, com missão aliada no Afeganistão a liderar as prioridades.

Os aliados estão empenhados em estabelecer uma parceria estratégica para que as autoridades afegãs garantam segurança ao país depois da saída das tropas estrangeiras.

A principal tarefa dos líderes dos países membros é assegurar a retirada das tropas até 2014. Por isso está presente o presidente do Afeganistão. Portugal está representado pelo primeiro-ministro Passos Coelho e pelos ministros dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, e da Defesa, Aguiar-Branco.

«Não haverá uma retirada precipitada. Vamos manter a nossa operação no Afeganistão até ao seu sucesso final», garantiu Anders Fogh Rasmussen, secretário-geral da Aliança Atlântica, no final do primeiro dia de trabalhos.

Uma certeza que não é partilhada pelo recém-eleito presidente francês, que insiste em retirar as tropas francesas já este ano. A proposta de François Hollande, conforme explicou Rasmussen à BBC, não compromete o plano aliado para entregar, até 2014, o controlo do território às forças afegãs.

A NATO vai declarar o escudo antimíssil norte-americano como operacional na Europa. O sistema deve ser alargado nos próximos anos para defesa do espaço aéreo europeu.

A cimeira decorre sob rígidas medidas de segurança, com as ruas de Chicago a encherem-se de milhares de ativistas em protesto contra a NATO. Quatro pessoas foram detidas por planearem ataques com explosivos.