Breivik reafirma ligações à extrema-direita - TVI

Breivik reafirma ligações à extrema-direita

Monstro da Noruega diz que qualquer pessoa podia ter feito o que ele fez

No terceiro dia de julgamento, Anders Breivik disse que qualquer pessoa podia ter feito o que ele fez. O autor confesso do massacre de 77 pessoas na Noruega, no verão passado, foi interrogado sobre a existência de uma rede nacionalista de extrema-direita.

É a declaração de alguém que acredita não estar sozinho na cruzada que levou a cabo contra o multiculturalismo, na sociedade norueguesa. E foi nisso que os juízes centraram o interrogatório. Quiseram saber de Breivik como é que funciona a rede de extrema-direita que actua na Europa e que ele diz existir.

O tribunal confrontou o monstro de Utoya com uma reunião realizada em Londres, em 2002, na qual Breivik diz ter participado juntamente com outros nove membros, de nove nacionalidades. Fundadores da organização «Cavaleiros Templários».

Uma teoria que levanta dúvidas junto dos procuradores noruegueses, que durante a manhã desta quarta-feira tentaram provar que a alegada rede não passa de uma invenção.

Mas Breivik insiste que o grupo é real, que se propõe vender sonhos e inspirações a outros. Confessou que teve contacto com um dos pais da organização, um nacionalista sérvio, num encontro na Libéria, em 2001. E que na capital inglesa, no ano seguinte, foi recebido pelo mentor, cujo nome de código é Ricardo Coração de Leão. Um cavaleiro perfeito, na opinião de Breivik, por ser alguém com força suficiente para agir sem ajuda de outros.

Terça-feira, Breivik referiu a existência de outras duas células autónomas, esta quarta falou no projecto dos cavaleiros templários que consideraram treinar centenas de indivíduos na Europa.
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