Campanha viral para capturar criminoso de guerra

Em três dias, 38 milhões de pessoas em todo o mundo viram o vídeo que vamos resumir em seguida. Nas últimas 24 horas foram mais de 10 milhões. Trata-se de uma campanha sem precedentes.

O realizador do vídeo utiliza o próprio filho e imagens pessoais para reforçar a mensagem. Ele quer que este vídeo mostre como o mundo mudou e que as redes sociais e a tecnologia podem ajudar a torná-lo melhor.

O objetivo é tornar mais conhecido dos criminosos de guerra mais procurados no Uganda, um líder guerrilheiro, chefe de um exército de crianças soldado, e acusado de um sem fim de atrocidades.

Através desta campanha, a organização «Invisible Children» (Crianças Invisíveis) procura dar a conhecer a ação do já denominado «Charles Manson» do Uganda, especialmente contra as crianças, que são sequestradas, sendo os rapazes obrigados a converter-se em soldados, enquanto as meninas são forçadas a converter-se em escravas sexuais.

Os elementos do bando de Kony afirmam que os «espíritos» comunicaram diretamente ao seu líder a missão que deveria cumprir.

A «Invisible Children» conseguiu mesmo captar a atenção da administração Obama, que enviou uma centena de assessores para o Uganda a fim de ajudar o governo ugandês e o próprio exército a deter Kony.

Torná-lo célebre para que seja preso e julgado. Chama-se Joseph Kony e é responsável pelas imagens violentas que surgem neste vídeo.

É com esta premissa e com o poder da internet que Jason Russell, o líder da ONG «crianças invisíveis», quer levar à justiça Joseph Kony, o primeiro homem a ser acusado pelo tribunal penal internacional.

Em 2003, Russell conheceu no Uganda um menino chamado Jacob, que tinha estado nas mãos do exército de resistência do senhor, o grupo armado de Kony.

20 de abril é a data chave. A campanha quer encher as cidades do mundo com centenas de milhares de cartazes. Capturar Joseph Kony em 2012. Já só faltam duzentos e noventa e sete dias para o ano acabar.