Guiné: interditado espaço aéreo e marítimo - TVI

Guiné: interditado espaço aéreo e marítimo

Decisão tomada por uma questão «de segurança nacional e de salvaguarda da entidade territorial da Guiné-Bissau»

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As Forças Armadas da Guiné-Bissau interditaram, a partir deste domingo, o espaço marítimo e aéreo «aos tráfegos provenientes do estrangeiro», por uma questão «de segurança nacional e de salvaguarda da entidade territorial da Guiné-Bissau».

Em comunicado, as Forças Armadas dizem que tal decisão implica «dizer que qualquer outra operação de entrada» no país, «quer por via marítima terrestre ou aérea, só se efetuará com uma autorização prévia do Estado-maior, mediante a apresentação dos planos e objetivos desta operação, com a respetiva indicação das referências técnicas dos aparelhos que eventualmente estarão implicados na operação».

A medida de caráter militar, acrescentam, não porá em causa o processo de saída dos efetivos militares angolanos da Missang, «já em curso no país, devidamente autorizada pelo Estado Maior». «O não cumprimento desta medida, que tem apenas como objetivo impor o respeito merecido à soberania da Guiné-Bissau à semelhança de outros países membros da Nações Unidas, implicará automaticamente uma resposta militar já instruída para o efeito», diz o comunicado.

O porta-voz dos militares e dos partidos da oposição, Fernando Vaz, criticou a ameaça de sanções contra militares e políticos, vinda nomeadamente dos países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), afirmando que quando foi morto um Presidente eleito «esses países condenaram e não fizeram nada».

«Hoje entendemos perfeitamente o porquê desta posição de revanche (vingança). Quando se discute internamente e se procura uma solução, externamente propõe-se a guerra contra a Guiné-Bissau, propõe-se uma atitude de violência contra a Guiné-Bissau. Acreditamos nos guineenses e estamos aqui à procura de uma via pacífica, uma solução por forma a resolver esta questão do golpe de Estado», disse Fernando Vaz.

O porta-voz também comentou o envio de forças de Portugal para resgatar, caso necessário, os cidadãos portugueses, afirmando que a Guiné-Bissau é um país soberano, que manda nas suas águas e que os portugueses só entram «se forem autorizados».
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