Operação antiterrorista na Ucrânia - TVI

Operação antiterrorista na Ucrânia

Governo de Kiev deu ordem às forças de segurança para agirem em Slaviansk. Há registo de vítimas mortais em ambos os lados

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Atualizado às 15:14

O ministro do Interior da Ucrânia deu ordem para ser realizada uma operação antiterrorista em Slaviansk, leste do país, após separatistas pró-russos terem tomado de assalto edifícios públicos e recusarem sair.

À população foi pedido que ficassem em casa e se afastassem das janelas, antecipando a possibilidade de confrontos. Arsen Avako deixou uma mensagem no Facebook onde anuncia a operação: «A operação é dirigida pelos Serviços de Segurança da Ucrânia. Unidades de todos os ramos das forças armadas participam. Que Deus esteja connosco».

Os confrontos acabaram mesmo por se registar, havendo registo de vítimas mortais em ambos os lados. No lado das forças de segurança leais a Kiev morreu um militar e cinco outros ficaram feridos.

Kerry adverte Rússia de «consequências adicionais»

O secretário de Estado norte-americano John Kerry advertiu o seu homólogo russo no sábado que Moscovo enfrentará «consequências adicionais» se não reduzir as tensões com a vizinha Ucrânia e retirar as tropas da fronteira, informou o Departamento de Estado.

Numa conversa telefónica com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, John Kerry «deixou claro que se a Rússia não tomar medidas para aliviar a tensão no leste da Ucrânia e retirar as suas tropas da fronteira ucraniana, haverá consequências adicionais», disse um responsável do Departamento de Estado.

Ativistas pró russos exibiram, no sábado, a sua força frente a Kiev, ao tomarem a sede regional do Ministério do Interior e também as esquadras da polícia em três cidades da região de Donetsk, no sudeste russófono da Ucrânia.

Apelo de Ban Ki-moon

Já o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, lançou no sábado um apelo à calma e ao diálogo a todas as partes envolvidas na crise da Ucrânia para reduzirem a tensão e resolverem as divergências.

Ao declarar-se «muito preocupado» com os «riscos crescentes de confrontos violentos», Ban Ki-moon «convida todas as partes a realizarem um esforço para apaziguar a tensão e respeitar a lei», indica um comunicado da ONU.

Ban Ki-moon «reitera o seu pedido para que se instaure urgentemente um diálogo construtivo para reduzir a tensão e resolver todas as divergências».
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