Síria: 20 mortos em 24 horas

Na Síria, pelo menos 20 pessoas morreram nas últimas 24 horas em protestos contra o presidente Bashar al-Assad.

70 pessoas foram detidas e várias casas incendiadas a dois quilómetros dos campos de refugiados. As autoridades turcas autorizaram pela primeira vez os jornalistas a entrarem em apenas um dos 4 campos montados junto à fronteira. A abertura coincidiu com a chegada da actriz e embaixadora da ONU Angelina Jolie a um dos campos de refugiados.

É a primeira vez que o mundo pode ver como é pelo menos um campo de refugiados sírio em território turco. Quase 10 mil fugiram da violência no próprio país.

Segundo as organizações de defesa dos direitos humanos, mil e quatrocentas pessoas morreram nos últimos três meses de protestos em todo o país, 10 mil pessoas foram detidas.

Activistas dos direitos humanos garantem, que já esta manhã tropas sírias atacaram uma região a dois quilómetros dos campos de refugiados.Trata-se da localidade de Badma , 70 pessoas foram detidas, várias casas foram incendiadas por tropas sírias e homens armados fiéis ao regime.

Entre sexta-feira e este sábado, pelo menos 20 pessoas morreram em novas operações violentas das forças do executivo em várias cidades do país.

Já este sábado cerca de 70 mil pessoas revoltadas participaram, em Deir Ezzor, este da Síria, nos funerais de dois manifestantes mortos na cidade, disse à AFP o presidente do Observatório dos Direitos do Homem no país.

«Cerca de 20 mil pessoas assistiram ao funeral do mártir Omar Kharabeh, em Deir Ezzor. O ambiente estava tenso e as pessoas gritavam slogans contra o regime», explicou Rami Abdel Rahmane.

A multidão juntou-se ao início da tarde a um outro cortejo que se dirigia para o cemitério para o funeral de Ali al-Dukhul, também morto na sexta-feira, juntando-se cerca de 70 mil pessoas.